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Vale do Rio Pardo pode alcançar produtividade superior à média estadual

O Rio Grande do Sul deve confirmar 2021 como um dos melhores anos da história na produção de trigo. Em relação a 2020, o crescimento é expressivo. O Estado chega a 1,1 milhão de hectares com o cereal, ante 950 mil em 2020. A produtividade deve ter forte elevação, mudando de 2,4 mil quilos por hectare para 3 mil quilos. A produção total, que somou 2,3 milhões de toneladas no último ano, chegará a 3,6 milhões de toneladas.

Se os números se confirmarem, os gaúchos devem assumir a liderança nacional em produção, superando o Paraná, que enfrentou problemas com geada. O Vale do Rio Pardo segue os padrões do restante do Estado. Cerca de 78 mil hectares são destinados para o trigo na área de atuação da regional da Emater/RS-Ascar de Soledade. O rendimento deve superar a média estadual, com 3,3 mil quilos por hectare.

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Mesmo mantendo bons números, a região não representa o desempenho em área e produção apontados em levantamento da Emater estadual. A Metade Sul e o Nordeste gaúcho apresentaram as melhores evoluções. Os valores a serem recebidos pelos produtores ainda dependem do clima.

E se o clima pode ser balizador para a definição da qualidade, que é medida com base no PH, o que se tem visto até agora é positivo. O diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, diz que o inverno foi frio e seco, condições propícias para a planta. “Em algumas regiões foi até muito seco. Mas o trigo não gosta de umidade; então, se continuar assim, se não tivermos uma série com uns 15 dias seguidos de chuva, teremos boa colheita e boa qualidade”, antecipa.

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Verificação nas propriedades mostra que as lavouras encontram-se nos estágios de espigamento e florescimento. As plantas apresentam estatura pouco abaixo do normal para essa fase. Isso, porém, destaca documento da Emater, não terá impacto significativo na produtividade. O fato de a produção ter bons resultados, de acordo com Rugeri, não deve atrapalhar no valor recebido pelo agricultor. “A lei da oferta e da demanda é importante, mas atualmente o mercado está regulando bastante, tendo influências como a desvalorização do real e outras questões externas”, frisa. Assim, a saca do trigo deve manter patamares de R$ 80,00.

Com preço interessante, o produtor, que já vinha capitalizado do último ano, apostou no cultivo. Claro que também sofreu com o aumento dos custos dos insumos. Como recebeu mais, também teve de pagar mais. Ainda assim, deve compensar, porque o mercado está aberto a negócios. Bom por um lado, acende o sinal de alerta por outro, pois assim como há facilidade de vender, há de comprar, e a importação não está descartada, apesar de o Rio Grande do Sul ser autossuficiente. O País ainda não consegue essa condição, produzindo somente 70% do que consome.

Propriedades

As características das propriedades em que se planta trigo são variáveis. De pequenos a grandes produtores podem optar pelo cereal, em geral intercalando com soja, já que, entre plantio e colheita, a área é ocupada de junho e novembro. Conforme o Informativo Conjuntural da Emater, 49% da área cultivada está em fase de enchimento de grãos, 37% em floração, 9% em maturação e 5% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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