O Vale do Rio Pardo segue sem casos suspeitos ou monitorados da varíola dos macacos. Segundo a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), contudo, a situação é de alerta em relação ao contingenciamento da doença. O órgão trabalha para repassar aos seus municípios de abrangência as informações e diretrizes recebidas do Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde. O Rio Grande do Sul tem 20 casos confirmados, a maioria deles em Porto Alegre e Região Metropolitana.
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A coordenadora de Vigilância e Epidemiologia da 13ª CRS, Beanir Lara, explica que o diagnóstico é feito por amostras de sangue ou das erupções cutâneas das lesões provocadas pela varíola dos macacos. O material é encaminhado para análise no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Mais exames de sangue são realizados no Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) para diagnóstico diferencial de outras doenças como varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, chikungunya e infecções de pele.
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O Rio Grande do Sul ainda não confirmou a transmissão comunitária da doença (quando não é mais possível rastrear a origem da infecção). Quando um caso é considerado suspeito, a orientação é o isolamento domiciliar e cuidados até que as erupções cutâneas desapareçam.
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No caso de pessoas com comorbidades ou outras doenças imunossupressoras, o atendimento hospitalar é recomendado, pois não existe tratamento específico.
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A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox e considerada uma zoonose viral (vírus transmitido aos seres humanos a partir de animais), com sintomas semelhantes aos da varíola, embora menos graves. Recebeu esse nome por ter sido descoberta em macacos em um laboratório na Dinamarca, em 1958. Em humanos, o primeiro caso identificado foi na República Democrática do Congo, em 1970.
Uma pessoa passa a ser considerada suspeita se apresentar bolhas na pele de forma aguda e inexplicável em um país onde a doença não é considerada endêmica (com grande ocorrência em local determinado). Se esse sintoma for acompanhado de dor de cabeça, febre acima de 38,5 graus, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é recomendado fazer o exame.
A transmissão acontece por meio do contato próximo com as lesões da pele, por secreções respiratórias ou mesmo objetos usados por uma pessoa infectada. A doença é autolimitada (resolve-se sozinha) e os sintomas costumam durar de duas a quatro semanas. Ainda não há tratamentos específicos.
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