A cantora e drag queen Gloria Groove participou do Conversa com Bial na última sexta-feira, 1º. Confirmada como uma das atrações do Rock in Rio 2022, ela lembrou a primeira vez que esteve no festival, em 2019, ao lado da rapper Karol Conká e falou sobre as expectativas para a apresentação neste ano.

“A responsabilidade depois de entrar no palco Sunset como convidada de Karol Conká, uma pessoa por quem eu tenho o maior respeito do mundo, que é minha referência e me levou pela mão por esse grande espaço, agora voltando com meu próprio show para esse palco tão importante”, disse.

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“Quando lembro que isso vai acontecer, eu lembro da importância do que eu estou fazendo. E o quanto vale a pena sonhar”, disse. “Há um pouco mais de sete anos, eu estava dentro do meu quarto sonhando com a possibilidade de que isso ia acontecer. E levar esse trabalho para o palco do Rock in Rio, para mim, é a prova de que tudo é possível”.

Ela também falou sobre o cancelamento e ódio nas redes sociais retratado na música A Queda. “Por eu trabalhar com a imagem desde muito cedo, fui tomada precocemente por essa constante sensação de que tudo à sua volta está esperando por um mínimo deslize”, destacou.

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“Talvez eu não saiba dizer quando essa sensação achou um lugar dentro de mim pela primeira vez, mas eu consegui apontar muitas situações onde isso aconteceu depois de eu já ter meu trabalho como Gloria Groove”, completou.

Para ela, essa inspiração para a criação da música veio da impressão como público. “A Queda veio primeiro do fascínio por uma coisa tão forte, que é esse ódio coletivo, o motim, quase que me levasse a uma reflexão de ‘é isso mesmo que está todo mundo esperando? Quer dizer que nada vai ser tão prazeroso quanto o momento de vulnerabilidade?’.”

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A entrevista

Glória Groove, uma das drag queens mais ouvidas do mundo, encontrou Pedro Bial para uma conversa sobre sua trajetória. O Conversa com Bial misturou entrevista e apresentações de alguns dos maiores sucessos da artista, que é símbolo de representatividade e talento. Glória falou de suas inspirações, família e sucesso, além de cantar os hits “A Queda”, “Sobrevivi” e “LSD”. 

Glória considera diversos os fatores que a levaram à fama e às condições que se alinharam para que isso acontecesse, como os privilégios de amor da família e à própria sorte. O nascimento da personalidade drag, por sua vez, ocorreu por meio das referências de divas pop. “Essa persona, esse alter ego, é uma criação que apesar de ter me levado muito longe, está longe de ser algo que me limita. Quero que seja exatamente o inverso, que me faça voar cada vez mais”, disse. 

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A artista também comentou a amizade com Pabllo Vittar: “Nossa relação veio antes de tudo. Eu e Pabllo já éramos amigas em redes sociais em 2015 […]. Eu a conheci num momento que a gente só sonhava com a possibilidade de um dia existir um lugar para artistas como nós […], era um momento de mistério sobre a gente conseguir desvincular a imagem drag queen dessa vivência marginalizada”, contou. 

Glória também explorou alguns de seus ídolos, como Amy Winehouse e Elza Soares, e cantou à capela “Someone to Watch Over Me” e “Mulher do Fim do Mundo”. Neste mês, ela entra numa turnê pela Europa e se apresenta em Lisboa, Londres, Barcelona, Dublin, Genebra e Paris, além de ser uma das headliners do Rock in Rio 2022.

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Com informações da assessoria de imprensa da Globo.

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