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Orçamento doméstico

Vale a pena consertar eletrônicos e eletrodomésticos? Saiba como avaliar o problema

Foto: Pixabay

Todos já passaram por esse dilema. Diante de uma pane na TV, celular, refrigerador ou qualquer outro equipamento, a pergunta que se faz é: vale a pena consertar ou comprar um novo? Em tempos de orçamento apertado e orientações relacionadas ao consumo consciente, o melhor mesmo é fazer as contas.

Uma pesquisa feita pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) em parceria com a Market Analysis – instituto especializado em pesquisas de opinião – mostrou que para 81% dos brasileiros, as alternativas mais recorrentes diante de um defeito num eletrônico, o celular por exemplo, são guardar o antigo e comprar um novo, ou doar o objeto. Tudo isso sem antes procurar a assistência técnica a fim de avaliar a possibilidade de reparo.

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Por outro lado, quando os aparelhos com problemas são eletrodomésticos (forno de micro-ondas, fogão, geladeira ou freezer e lavadora de roupas), digitais (câmera fotográfica, computador e impressora) e eletrônicos (televisão, DVD e blu-ray), os consumidores tendem a procurar mais a assistência: 77%, 73% e 56%, respectivamente. Mesmo entre os consumidores que buscam os reparos, a maioria acaba comprando outro aparelho, mesmo que opte for fazer o conserto.

Já os que desistem de arrumar o produto dão como principal motivo o valor. “É comum considerar que o preço do conserto não vale a pena se comparado ao valor de um aparelho novo e mais moderno”, diz João Paulo Amaral, pesquisador do Idec responsável pelo levantamento. A demora para devolver o produto e a falta de peças e de garantia após o conserto também justificam a não contratação do serviço.

Esse cenário, porém, parece estar mudando. Nos últimos tempos, em meio à pandemia, profissionais do ramo de reparos identificaram uma alta na demanda por seus serviços. Desde itens como eletrodomésticos até equipamentos de maior valor, como refrigeradores, televisões e aparelhos de ar condicionado têm sido encaminhados para o conserto com maior frequência. O motivo, segundo eles, é a busca pela economia.

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O que observar

1 – O primeiro fator que deve ser analisado é a razão de o aparelho precisar de conserto. Em alguns casos, os problemas que levam à pane são simples e podem ser resolvidos com reparos práticos e econômicos.

2 – Geralmente, problemas simples acontecem quando o equipamento é relativamente novo e só uma área do eletrodoméstico apresenta defeito. Por outro lado, quando a máquina para de funcionar por completo e nenhum recurso funciona, o problema pode ser mais sério e, consequentemente, mais caro.

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3 – Os eletros antigos também têm outro ponto negativo: eles tendem a gastar mais energia. E isso também deve ser um ponto a considerar se você está avaliando se vai consertar o eletrodoméstico ou trocá-lo por um novo.

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Faça as contas

O reparo ainda é visto como uma opção mais viável. Porém, é sempre bom fazer as contas. Se o preço da arrumação for muito próximo ao do equipamento novo – que por sua vez tem mais tecnologia e ainda as garantias oferecidas pelo fabricante, além de consumir menos energia –, a troca parece ser o caminho natural.

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Uma maneira de saber qual a alternativa mais viável é observar a vida útil do aparelho. Supondo-se que o eletrônico terá vida útil de dez anos, o conserto não pode custar, por ano, mais de 10% do valor de um novo. Caso o equipamento ainda tenha boas condições, a conta deve observar se o custo de manutenção, como peça, mão de obra e logística, ultrapassa 30% de um novo. Se ficar abaixo, consertar ainda é o caminho.

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