O período de férias, ideal para descansar no Litoral, pode acabar se tornando uma grande dor de cabeça para quem busca uma locação por temporada. É justamente nesse período que cresce o número de golpes envolvendo essa modalidade de aluguel, muito procurada por quem deseja passar alguns dias na praia.
Geralmente os golpistas fisgam suas vítimas com anúncios falsos de aluguel em redes sociais, muitas vezes usando fotografias de imóveis que realmente existem. Segundo o advogado e professor universitário João Paulo Forster, a dica principal, mas que muita gente ignora, é exigir um contrato de aluguel. “Esse é o documento que vai resguardar a pessoa diante de algum golpe”, ressalta. “Outras dicas para evitar aborrecimentos e prejuízo são verificar se o imóvel realmente existe no endereço citado, desconfiar de preços muito baixos e também da insistência do locador em receber o pagamento com muita rapidez”, explica Forster.
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Algumas plataformas de locação por temporada oferecem um pouco mais de segurança ao usuário, tanto para quem anuncia seu imóvel como para quem procura por um. “Utilizando essas ferramentas, você consegue visualizar a reputação do locador e avaliações recebidas pelo espaço, além de contar com os termos de privacidade e segurança da plataforma. É claro que as negociações se tornam inviáveis e, se você optar por fazer os trâmites fora desse ambiente, procure estabelecer bem os termos do contrato”, reforça o advogado, que lembra: “Além da segurança maior, as plataformas de locação possuem responsabilidade caso ocorra algum problema ou fraude na relação contratual”.
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Transações via Pix
A facilidade das transações via Pix chama cada vez mais atenção dos golpistas. O contato geralmente é feito por aplicativos de mensagens instantâneas, e o dinheiro cai imediatamente na conta. Por isso, é importante verificar o perfil de quem está conversando com você. Uma chamada de vídeo também pode ser interessante, uma vez que é possível tirar um print da tela com o rosto da pessoa.
Para quem, ainda assim, cair no golpe, o advogado João Paulo Forster indica um caminho: “Contate imediatamente o seu banco e o banco para o qual a transferência foi feita. Relate que a sua conta sofreu um golpe e que a conta do recebimento pode estar sendo usada por golpistas”. De acordo com informações do Banco Central, ao receberem essas notificações, os bancos devem seguir o chamado Mecanismo Especial de Devolução. Desse modo, é possível o bloqueio desses valores enquanto é feita uma apuração administrativa.
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Em casos de operação fraudulenta, a instituição pela qual o Pix foi feito entra com o pedido de devolução para a instituição que recebeu a transação. “Além disso, é importante registrar um boletim de ocorrência e buscar o auxílio profissional de um advogado para fins de reparação em relação ao golpista, podendo envolver operadoras de telefonia, bancos e demais plataformas, se for o caso”, reforça.
Se for necessário o repasse de um valor de reserva, a recomendação é pedir uma conta nominal do anunciante e o CPF dele. “Nesses golpes, é comum que sejam utilizadas contas de ‘laranjas’. Por isso, desconfie se a conta indicada não estiver no nome do anunciante”, explica Forster.
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