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FEMINICÍDIO NO CENTRO

“Vai acabar tudo hoje”: polícia apreende caderno em que assassino planeja morte de Heide Priebe

Foto: Rafaelly Machado/Banco de Imagens

Servo Tomé da Rosa, de 69 anos, é autor confesso da morte de Heide

A próprio punho, ao longo de 20 páginas de um caderno, Servo Tomé da Rosa, de 69 anos, detalhou o planejamento da morte da ex-companheira Heide Juçara Priebe, de 63 anos. Considerado prova importante da investigação que apura o caso, o caderno foi apreendido na manhã desta quarta-feira, 13, na residência onde Rosa morava.

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De acordo com a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), delegada Raquel Schneider, o bloco com anotações estava junto ao rack da sala e comprova que o crime foi premeditado. “Ele escreveu orientações para familiares, colocou dados de extratos bancários e senhas, além de falar sobre o término do relacionamento e os dias que antecederam a morte da Heide. Conseguimos chegar até esse caderno durante um depoimento dele. É uma prova muito importante para a investigação.”

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Segundo a delegada, o acusado descreve com detalhes e coloca as datas de cada episódio envolvendo o término do relacionamento. A primeira escrita é datada de 29 de janeiro. Na ocasião, ele relata estar sofrendo e culpa a vítima caso ele venha a morrer. “A partir daí algumas folhas parecem ter sido arrancadas e ele volta a escrever no dia 17 de junho”, explica a delegada.

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No dia 17 do mês passado, Servo se disse deprimido e escreveu: “Eu vou suicidar (sic) ela e depois me suicidar”. Na sequência, ele se despede de familiares, novamente colocando senhas de contas bancárias e afirmando que “a pandemia mudou a minha vida. Não tenho mais família”.

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Em 19 de junho, ele relatou que “a pior coisa da vida dele” foi o relacionamento com a vítima ter acabado. Escreveu sobre saudade e disse que começou a morrer quando terminaram. No dia 30 de junho, Servo escreveu: “Hoje achei mais um fio de cabelo da Heide no tapete”.

Caderno estava no rack da sala | Foto: Divulgação

No dia 5 de julho, Servo tomou conhecimento do registro de medida protetiva solicitada pela vítima e escreveu: “Soube de uma Maria da Penha contra mim. Irei com um advogado procurar a delegacia da mulher e me defender”.

Já no dia 7 de julho, ele voltou a mudar o tom e orientou familiares sobre despesas com velório. “Vai acabar tudo hoje, infelizmente”, escreveu. Conforme a investigação, Servo teria ido até a casa de Heide para cometer o crime nesse dia. Porém, acabou desistindo, vindo a cometer o crime no dia seguinte, 8 de julho.

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Relembre o crime

O caso de feminicídio, que chocou Santa Cruz do Sul, aconteceu por volta das 17 horas da última sexta-feira, dia 8, na Travessa Tenente Barbosa, no Centro. Enquanto caminhava e tentava fugir da abordagem agressiva do ex-companheiro, Heidi Priebe foi baleada por ele. O autor atirou à queima-roupa contra Heide. Um disparo teria acertado a cabeça e outro o braço. Depois, o homem tentou se matar com um tiro no peito.

Levada ao Hospital Santa Cruz (HSC), ela passou por cirurgia, mas acabou falecendo por volta das 22 horas de sexta. Servo Tomé da Rosa, que chegou a ser preso pela Brigada Militar (BM), também foi conduzido à casa de saúde, onde recebeu atendimento. Desde sexta-feira, ele já estava sob custódia na casa de saúde, em prisão em flagrante. Ele confessou que matou Heide por não aceitar o fim do relacionamento.

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