Vagas sem candidatos

As contratações temporárias do final de ano se aproximam e podemos ter um apagão de candidatos. A liberdade e a oferta pulverizada de novas oportunidades de trabalho estão tornando os modelos tradicionais desinteressantes.

Poucas pessoas da nova geração aspiram pelos postos de trabalho comuns. Mais intelectualizados, buscam liberdade, sentido e relevância, onde possam se realizar enquanto doam seu potencial de trabalho. O trabalho vem sendo ressignificado e o poder não está com quem contrata. O trabalhador moderno escolhe onde quer trabalhar, em que condições e exige gestão e liderança coerente.

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Grandes empresas estão com dificuldade de atrair e reter talentos, e são obrigadas a flexibilizar a jornada, pelo menos para cargos estratégicos. A diminuição da jornada para quatro dias na semana está avançando em muitos lugares com resultados excelentes. A produtividade e o engajamento dos funcionários aumenta, por uma simples razão: eles têm mais tempo de equilibrar a vida pessoal e, então, se dedicar de forma mais energética e focada ao trabalho.

Atendo como mentora diferentes profissionais do mundo e, entre eles, percebo algo em comum: nenhum mais considera vender seu tempo integral para o trabalho, nem em participar de projetos que não tem direção, significado, boa gestão e boa liderança.

A liberdade hoje é um valor e tem disputado lugar com salário e benefícios. Assim com, o alinhamento estratégico de para onde a empresa deseja ir e por que, o que dá aos colaboradores uma clara noção do que precisa ser feito no dia a dia do trabalho.

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Em empresas familiares, a estratégia muitas vezes está na cabeça do dono, que não as compartilha de forma adequada e não engaja o suficiente as equipes na busca dos objetivos do negócio, o que torna a oferta de emprego desinteressante.

Resultado financeiro não é mais a única medida de sucesso de um negócio. Reputação, felicidade interna, atendimento, cliente no centro, agilidade, modernidades que facilitam o dia a dia de quem faz escolhas de consumo formam o entorno do sucesso de um negócio no século 21.

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Oferecer uma boa experiência ao cliente começa pela boa experiência do colaborador interno. É preciso entender todo o caminho de um profissional dentro do seu negócio e garantir a ele treinamento constante ou a experiência interna rapidamente se torna um desastre que impactará o cliente.

A jornada de consumo é muito mais complexa do que oferecer um desconto ou dar um brinde regado a espumante. Esta é a dica de ouro para que os negócios tenham sucesso no mercado moderno, durante todo ano, não apenas na época de Natal. Toda compra começa muito antes de se entrar em uma loja e depende diretamente da satisfação com que seus colaboradores apresentam a sua marca. Antes de pensar no que seu negócio precisa, talvez seja preciso pensar no que o trabalhador precisa para escolher seu negócio como um bom lugar para se trabalhar.

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Guilherme Bica

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