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PANDEMIA

Vacinação contra a Covid-19 já causa efeitos positivos nos hospitais

Foto: Alencar da Rosa/Banco de Imagens

Em entrevista ao jornalista Ronaldo Falkenback, no programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta FM 107,9, o médico infectologista Eduardo Sonda afirmou que a situação de Santa Cruz do Sul frente à pandemia melhorou muito quando comparada a março e abril deste ano, período em que a quantidade de novos casos, hospitalizações e mortes atingiram seu ápice no município. Essa melhora, no entendimento do médico, está diretamente ligada ao avanço da vacinação.

Sonda, que também é responsável pelo controle de infecções do Hospital Ana Nery (HAN), destacou ainda a redução no número de internados. “Para o pessoal ter uma ideia, nós já estamos há quase uma semana com leitos de enfermaria (clínicos) sem ninguém internado, e os de UTI esvaziando. Hoje (segunda) tivemos mais duas altas”, disse. Em março, o Ana Nery chegou a ter mais de 30 pacientes internados nos leitos clínicos, o que levou a instituição ao seu limite máximo de operação.

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O avanço da vacinação, que atualmente já abrange mais da metade da população santa-cruzense com pelo menos uma dose, é um fator apontado pelo médico como determinante para o arrefecimento da pandemia. “Estamos vendo que isso está diretamente relacionado com o número de internações. É muito nítido: quando começou a vacinação das pessoas de 50 anos, começaram a internar as de 40. Quando vacinou-se as de 40, começaram a internar as de 30, e sempre diminuindo”, relata.

Nesse sentido, Sonda salienta que tem sido raro ver uma pessoa que já possui o esquema vacinal completo apresentar complicações graves decorrentes da Covid-19. “Com certeza, as vacinas ajudam a atenuar os sintomas, então alguém que poderia ter internado não interna mais, acaba tendo um quadro mais leve”, observa. O infectologista reforça, no entanto, que mesmo quando toda a população estiver imunizada o coronavírus ainda vai existir, tal qual o vírus da gripe e outras doenças para as quais já existe vacina.

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Ao comentar sobre os efeitos do vírus em pessoas já vacinadas, Sonda revela que eles se assemelham a uma gripe com maior duração. Normalmente geram dor no corpo, febre, cansaço, coriza e tosse. Ele lembra, ainda, que mesmo quem já está imunizado deve respeitar o período de isolamento caso seja diagnosticado com a Covid-19, pois a transmissão ocorre da mesma forma e pode causar complicações mais graves em pessoas ainda não vacinadas.

Ainda na esteira das vacinas, Eduardo Sonda acompanha o discurso de outros especialistas e alerta que a população não deve “escolher vacina”. “Esses números que a gente vê na mídia são informados pelo fabricante, mas nem tem tempo para se comparar se uma é melhor que outra. É aquilo que dizem: vacina boa é vacina no braço, só assim para a gente conseguir vencer o coronavírus”, completa o médico.

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Sonda: internações reduziram bastante

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Novas remessas

O Rio Grande do Sul recebe nos próximos dias cinco remessas de vacinas que somam quase 460 mil doses. São 118.650 unidades da Covishield (AstraZeneca), 156,5 mil da Coronavac e 114.660 doses da Pfizer. Os voos devem chegar ao aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, nesta terça-feira, 27, e na quarta-feira, 28. De lá, os lotes serão transportados para a Central Estadual de Distribuição e Armazenamento de Imunobiológicos (Ceadi), onde ficarão guardadas até a entrega aos municípios. A distribuição dessas doses deve ser definida em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

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