O anúncio de que o Centro de Atenção Psicossocial (Caps II), de Santa Cruz do Sul, mudará de endereço causou apreensão nos usuários do serviço e familiares. Desde setembro do ano passado, o Caps funciona na Rua Venâncio Aires mas a prefeitura pretende transferir o local de atendimento. Insatisfeitos com a possível mudança, usuários realizaram uma caminhada às 14 horas desta quarta-feira, 3, até a Prefeitura, onde entregaram as reivindicações ao chefe de gabinete, Délsio Mayer.
Conforme a presidente da Associação dos Usuários dos Caps e membro do Conselho Municipal de Saúde, Janete Jaeger, já havia sido encaminhado um documento para a Secretaria de Saúde solicitando que o Caps II não mudasse de local. “Estávamos há quase 20 anos no mesmo lugar (nos fundos da Secretaria Municipal de Educação e Cultura) e agora não estamos nem há seis meses neste endereço e a Prefeitura alega que não tem como pagar aluguel e quer nos mandar para lugar afastado”, reclamou.
Para a paciente do Caps, Sílvia Garmatz, a mudança para um local afastado causaria problema aos usuários do serviço, especialmente no que diz respeito à locomoção. Um dos locais que foi cogitado, a sede da antiga Delegacia da Mulher, na Rua João Werlang, no Bairro Belvedere, é considerado inadequado para usuária. “Seria inviável. Não tem horário de ônibus pra lá e não dá pra fazer o trajeto caminhando”, explica. Ela lembra que o fato de muitos pacientes fazerem uso de remédios deve ser levado em conta. “Muitas pessoas possuem doença mental. É preciso ter uma rotina”, contou.
Publicidade
Assim como Sívia, Cristiele dos Santos também não está satisfeita com a possível mudança. “Não estamos pedindo que não nos tirem daqui. Nós somos doentes, mas queremos respeito”, comentou. Para as usuárias do Caps, não há problema que haja uma mudança, desde que seja para um local de fácil acesso. “Não tem problema trocar de endereço, mas tem que ser um local mais acessível para os pacientes”, finalizou Sílvia.
Publicidade
This website uses cookies.