Principal ligação da Região Metropolitana com o Vale do Rio Pardo e o Centro do Estado, a RSC–287 exige atenção dos motoristas, por conta da precariedade do asfalto em alguns pontos, que apresentam desníveis e depressões. A situação é ruim principalmente no trecho duplicado de 4,2 quilômetros em Santa Cruz do Sul, inaugurado há dois anos juntamente com o viaduto Fritz e Frida.
Entretanto, as opiniões são divergentes em relação às condições da pista. O caminhoneiro Elder Tonini, do Paraná, passou pela primeira vez na 287 nessa segunda-feira, 3. Para ele, a situação é boa. “A RSC–153 é muito pior, de Soledade até o trevo com essa aqui”, afirma. De acordo com o empresário Carlos Knaback, existem alguns desníveis, mas a pista não apresenta buracos. “Equipes realizam reparos com frequência”, comenta o proprietário de uma loja de autopeças na altura de Linha Pinheiral.
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Outros usuários avaliam de forma negativa. Gerente de um posto de gasolina, Maicon Fernando Baierle explica que o asfalto foi arrancado para a colocação de uma nova camada. “Pela situação que ficou, não foi bem feito. São muitos desníveis”, salienta. Motorista de caminhão boiadeiro há 12 anos, Antônio Carlos Santos Moura é de Passo do Sobrado e viaja diariamente. As condições, segundo ele, são precárias, assim como na BR-290. “Quando chove, a situação piora. O trecho mais deteriorado é depois de Paraíso do Sul. É comum ver alguém trocando pneu no acostamento”, sublinha.
Apesar de o Estado estar com o processo da nova concessão em andamento, a RSC-287 recebe reparos atualmente, conforme a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). As equipes atuam na restauração do trecho entre os quilômetros 123 e 131, entre Vale do Sol e Candelária, com substituição da camada de base em diversos pontos e execução de nova capa asfáltica.
De acordo com a EGR, foram concluídos recentemente os serviços de restauração no trecho entre os quilômetros 127 e 129 e ainda do 162 ao 165, em Novo Cabrais. No processo de recuperação do pavimento, toda a sinalização horizontal e vertical é renovada, caso necessário.
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Em janeiro, a EGR havia anunciado a aplicação de R$ 15 milhões para recuperar 72 quilômetros. O valor é proveniente das praças de pedágio em Venâncio Aires e Candelária. A arrecadação de 2015 a 2019 foi de R$ 235,9 milhões.
Segundo a EGR, que administra a rodovia do quilômetro 28 ao 177, todo o trecho recebe serviços de manutenção, sinalização e conservação, além de dispor de guincho e ambulância. O montante investido é disponibilizado no site da EGR. Há previsão de intervenções do quilômetro 168 ao 172, entre Novo Cabrais e Paraíso do Sul, até o fim do ano.
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Edital de concessão fica para setembro
O edital de concessão da RSC-287 deve ser divulgado em setembro. Com isso, o leilão ficará para a segunda quinzena de dezembro. O atraso se deve aos transtornos provocados pela pandemia. Quatro empresas manifestaram interesse no certame. A CCR e a Eco Rodovias, ambas com atuação no Rio Grande do Sul, fazem parte do grupo. De acordo com o secretário estadual extraordinário de Parcerias, Bruno Vanuzzi, as concorrentes farão estudos para medir o fluxo da rodovia.
Um parâmetro para vencer a licitação é o menor preço do pedágio. A última revisão do documento, feita entre abril e maio deste ano, apontou como teto o valor de R$ 7,00 para o tráfego em cada uma das cinco praças que serão instaladas entre Santa Maria e Tabaí. A exemplo dos leilões federais, como o da BR– 386, no Rio Grande do Sul, onde o deságio do preço foi de 40%, e o da BR–101, em Santa Catarina, com redução de 60%, o governo espera baratear a conta final que será paga pelos usuários da 287.
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