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Uso do amianto será debatido na Comissão de Direitos Humanos

A utilização do amianto no Brasil será debatida na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) na segunda-feira, às 9 horas. Como tem grande resistência térmica e elétrica, o mineral está presente em vários produtos, como telhas, caixas d’água, materiais plásticos e tintas.

Hoje, a única mina de amianto em exploração no país fica na cidade de Minaçu, no nordeste de Goiás. A jazida deu ao Brasil a autossuficiência no setor. A Lei 9055/1995 disciplina a extração, industrialização e comercialização do amianto, mas há várias ações na Justiça questionando pontos da norma, tanto a favor quanto contra a proibição do amianto nos estados.

O amianto utilizado comercialmente é o crisotila, também conhecido como asbesto ou amianto branco. A Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) afirma que o contato com a crisotila representa um grave problema de saúde pública para o Brasil e os demais países. Segundo dados da associação, morrem por ano, no mundo, cerca de 100 mil pessoas vítimas do amianto.

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Entre os problemas mais comuns, está a asbestose, doença pulmonar causada pela aspiração de pó de amianto. Quando chega aos pulmões, a fibra de crisotila causa inflamação dos tecidos, que leva à fibrose, comprometendo seriamente as funções do órgão. Outra doença praticamente exclusiva daqueles expostos ao amianto é o mesotelioma, tipo de câncer da pleura que pode levar à morte em apenas nove meses.

A Federação Internacional dos Trabalhadores do Amianto (Fitac) reconhece que, no passado, eram poucos os cuidados das empresas em relação ao trabalho com a crisotila, mas afirma que hoje a realidade é outra, graças aos avanços no controle da exploração do asbesto e às mudanças ocorridas por força de acordos trabalhistas.

As duas entidades estão na lista de convidados para a audiência pública, que será interativa. Além dos presidentes da Fitac e da Abrea, também devem participar representantes das centrais sindicais, do Ministério Público do Trabalho e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas e Beneficiamento de Minaçu Goiás e Região (STIEBEMGOR).

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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