Já venho defendendo a ideia da privatização há muito tempo. Apesar do discurso ensaiado dos partidos de esquerda que são contra, alegando que esse patrimônio é do povo e que não pode ser vendido para a iniciativa privada. E tem pessoas que se convencem desses discursos contrários à venda das estatais, alegando ser um ato que vem contra o povo brasileiro.
Nos últimos 13 anos, vimos que a criação de novas estatais foi levada a sério pelo governo do PT. Nesse período criaram 43 novas empresas públicas, enquanto os militares, nos 21 anos de governo, 47.
Os escândalos dos roubos na Petrobras comprovam a voracidade com a qual políticos sugam os cofres das estatais. O Petrolão é o exemplo mais contundente. Graças à Lava Jato, o brasileiro está assistindo a esse filme de terror da corrupção sistêmica que se apossou da classe política. Isso que nem falamos nas demais empresas pertencentes ao governo, que totalizam 149.
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A nova lei das estatais, que acaba de ser aprovada pelo congresso e sancionada por Michel Temer, chegou muito tarde e pouco ou nada vai resolver. Prevê que as chefias das empresas sejam ocupadas por funcionários de carreira e de comprovada capacidade de gestão e conhecimento da complexidade das empresas.
No papel, funciona maravilhosamente bem. Em uma primeira leitura, é uma solução perfeita. Surge um questionamento: quem vai indicar esse funcionário de carreira? E os demais cargos de confiança? Esse novo gestor precisará ter a bênção de algum político influente? Respondo afirmativamente, os políticos continuarão interferindo diretamente na escolha e, consequentemente, a corrupção continuará acontecendo.
As empresas pertencentes ao governo, desde a sua criação até os dias de hoje, sempre foram usadas como a maior fonte de arrecadação da classe política. A corrupção tornou-se um câncer que vem corroendo a lucratividade delas e jogando no colo dos brasileiros seus bilionários prejuízos.
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Sabemos que o número de funcionários sempre é superior ao necessário. Muitos salários estão bem acima do mercado e há benefícios e penduricalhos que ninguém recebe na iniciativa privada, tornando certos servidores verdadeiros marajás. As suas folhas salariais em cada final do mês são milionárias.
Não há nenhuma estatal indispensável. Alguém ainda sente falta dos bancos estaduais ou das estatais das telecomunicações, entre outras? O que o povo perdeu com seu fechamento ou com a venda para a iniciativa privada? Nada.
Precisamos modernizar o País. As reformas são urgentes. É imperativo sairmos do atraso para podermos competir com os países mais desenvolvidos. As parcerias público-privadas estão dentro desse contexto.
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