O Hospital Santa Cruz (HSC) vive expectativa pela implantação da nova Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA). O recurso para tal feito foi confirmado pelo Ministério da Saúde na semana passada, quando representantes receberam a prefeita Helena Hermany e o secretário municipal da Saúde, Fabiano Dupont, em Brasília. A proposta de instalar a UPA nas dependências do hospital torna o processo mais simples e ágil, de maneira que a previsão otimista é de que esteja em operação ainda neste ano.
Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 na manhã dessa terça-feira, 12, o diretor do HSC, Vilmar Thomé, disse que é necessário elaborar um projeto para conhecer os custos e ainda deverão ser obtidos o credenciamento e a liberação efetiva dos recursos por parte do Ministério da Saúde. Ainda assim, acredita que existe tempo hábil para que a documentação seja concluída, tramite, seja publicada no Diário Oficial da União e o dinheiro, enfim, seja liberado. “Nós estamos em março, então temos nove meses para que essa situação aconteça ao longo do ano.”
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Frisou, contudo, que a demanda exigirá muito esforço das equipes técnicas de engenharia, assistência e também na parte política. O otimismo se deve ao tipo especial de UPA que será criada, dentro de um serviço já existente. No caso de uma UPA nova, seria necessário obter a área, construir o prédio nos padrões exigidos pela esfera federal, compra de todos os equipamentos e montagem das equipes. “Isso leva alguns anos, enquanto essa estrutura que estamos comentando se faz em menos de um ano.”
O próximo passo, acrescentou Thomé, será a criação de um grupo de trabalho que vai avaliar a infraestrutura já disponível no HSC, a equipe assistencial e outros pontos para identificar quais são as melhorias a serem executadas. Segundo ele, já existe uma ideia de onde e como a UPA poderá ser instalada, mas será preciso verificar se está de acordo com a portaria do Ministério da Saúde e se é a mesma visão que o Município tem. “Esse é um processo que será iniciado em breve, não temos ainda esse grupo constituído.”
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Questionado sobre a situação do Pronto Atendimento Municipal que já opera no HSC, Vilmar Thomé reforçou que a UPA será complementar e nada do que existe hoje será reduzido. “Lá no fim do ano, se tudo der certo, resultará em uma estrutura maior, de melhor assistência e com melhor custeio, porque também é preciso sustentar isso no lado financeiro.”
Outro ponto abordado por Vilmar Thomé foi a possibilidade de criação de mais uma UPA, esta do zero, em Santa Cruz. Ele enfatizou que um projeto não inviabiliza outro. Isto é, se houver interesse por parte do Município, é possível pleitear junto ao governo federal e conduzir os dois trâmites em paralelo. Na ocasião do anúncio do recurso, o secretário Fabiano Dupont já havia confirmado que o Executivo encaminhou a demanda para criação de outra unidade na região alta.
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Atualmente, além do Pronto Atendimento Municipal e da UPA do Bairro Esmeralda, a população pode buscar consultas de urgência e emergência na Casa de Saúde Ignez Moraes (Hospitalzinho), no Bairro Santa Vitória. Desde o início de março, o Posto de Saúde Central (UBS) Clementina Martini também oferece plantão noturno das 18 horas à meia-noite, de segunda a sexta-feira, e das 8 às 18 horas, aos sábados. O mesmo serviço será oferecido na ESF Linha Santa Cruz a partir desta sexta-feira, 15, e, em ambas, é exclusivo para casos de baixa e média complexidade.
*Colaborou o jornalista Leandro Porto
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