A economia e a sustentabilidade têm pautado a rotina da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) desde 2015. E há menos de um mês o resultado dessa preocupação veio em forma de reconhecimento. No fim do semestre, a instituição recebeu da empresa Ludfor Energia Ltda um certificado de redução de emissão de gases de efeito estufa. O documento foi encaminhado porque desde junho de 2016 a universidade já garantiu a redução de 237,17 toneladas de gases que causam o efeito estufa. Essa economia de consumo equivale ao plantio e cuidado de 6.553 árvores por 20 anos.
Conforme o gestor da área ambiental da Unisc, engenheiro ambiental Fabrício Weiss, a certificação ocorreu em função de a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc) ter migrado para o Mercado Livre de Energia. Trata-se de um sistema de compra de energia de fontes renováveis. Soma-se a isso a instalação de 110 painéis fotovoltaicos junto à fachada do bloco 35, feita ainda em 2015. “Essa primeira etapa serviu para despertar questões envolvendo economia financeira – pela redução do valor da conta de luz –, uso de tecnologias sustentáveis e educação ambiental”, explica.
Agora a universidade, em parceria com a Solar Green, concentra esforços na segunda etapa do projeto de eficiência energética, que consiste em elaborar estudos de viabilidade técnica e econômica e implantar aparelhos de medição e verificação, além de substituir equipamentos por outros de maior eficiência energética. Um exemplo é a troca de lâmpadas fluorescentes por luminárias de led. A expectativa é que até o fim do ano pelo menos 2,8 mil luminárias sejam instaladas nos setores administrativos da instituição. Já em 2018 será a vez de as salas de aula receberem os novos dispositivos. “Com a implantação deste processo, a Unisc terá uma redução mínima de 262.420 quilowatts-hora (kWh) anuais, o que equivale ao consumo de aproximadamente 110 residências populares”, explica o engenheiro da Solar Green, Paulo Farah.
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Ele também destaca a redução de consumo e de despesas. “Enquanto a vida útil de uma fluorescente é de dois anos, a de led dura até cinco”, esclarece. Usinas de minigeração fotovoltaica nos campi de Santa Cruz e Montenegro também colaboram para consolidar os trabalhos de eficiência energética. “É fazer mais com menos”, complementa Farah.
Ao entrar no Mercado Livre de Energia, a Unisc evita os impactos ambientais negativos da geração de energia termelétrica, somando-se a isso a substituição das luminárias fluorescentes e a geração de energia fotovoltaica. É dessa forma que a universidade evitará a emissão de 4.776 toneladas de gases de efeito estufa durante os próximos 25 anos, o equivalente ao plantio de 130 mil árvores. “Com essas ações, nós colocamos em prática as teorias discutidas em nível mundial, com foco no crescimento sustentável e na preservação do ambiente para as futuras gerações. Damos o exemplo do que é discutido em sala de aula”, diz Fabrício Weiss.
Fabrício Weiss e Paulo Farah: ação entra agora na segunda etapa | Foto: Lula Helfer
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