Em uma sala do primeiro andar do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, o português é ensinado a estrangeiros. As aulas, gratuitas, ocorrem nas segundas-feiras à tarde e sextas-feiras de manhã e são realizadas a partir de debates quinzenais entre acadêmicos e professores da Univates, além de demais interessados. Os debates sobre o planejamento de aulas em português são feitos no Fórum de Formação de Professores de Língua Portuguesa como Língua Adicional, atividade decorrente do eixo Linguagem e Ensino do Projeto de Extensão Veredas da Linguagem.
Leitura de texto, repetição de palavras e perguntas de interpretação são algumas das atividades realizadas com os participantes. Os imigrantes, na maioria haitianos, buscam nas aulas a qualificação para novas oportunidades no Brasil. Gammanuel Bien-Aime e Sutchmaelle Joseph, ambos de 18 anos, vieram para Lajeado com a família há cerca de nove meses. Sobre o português, afirmam ser um pouco difícil.
“Os imigrantes são muito dedicados e valorizam a educação, o aprendizado e as nossas aulas. Eles gostam dessa troca de cultura e de línguas”, afirma uma das professoras participantes Fórum. São cerca de 20 haitianos que vão às aulas semanalmente e cerca de dez integrantes do Fórum, que discute metodologias de ensino da língua portuguesa como língua adicional.
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Para ajudar os colegas, Isaac Fenescat, de 31 anos, traduz alguns conceitos passados em sala de aula para o crioulo, dialeto pelo qual os imigrantes se comunicam no Haiti. Fenescat explica que ele já sabia falar espanhol e que no ano passado também participou das aulas, o que o ajudou no aprendizado. “Eu gosto de conversar, prefiro falar alguma coisa errada do que não falar. Vou vir mais vezes para ajudar”, afirma.
Foto: Ana Amélia Ritt
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Campanha solidária
A Univates promove a campanha solidária “Aqueça um Coração” até o dia 24 de julho. Doações de alimentos, roupas e roupa de cama podem ser realizadas nos prédios 1, 3, 7, 9, 11 e 16, além da Biblioteca, Farmácia-Escola, Atendimento Univates, Serviço de Assistência Jurídica (Sajur) e Tecnovates. As arrecadações serão entregues a instituições de caridade da região e uma parte será direcionada aos estudantes haitianos.
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Foto: Ana Amélia Ritt
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