A situação econômica da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) é um assunto recorrente na sociedade santa-cruzense. Durante o período eleitoral, a questão chegou a pautar questionamentos em debates. O aumento desenfreado do número de instituições nos moldes EaD, a dificuldade de conquistar financiamento estudantil público, a mudança etária e a alta evasão do Ensino Médio são fatores que prejudicam o caixa da instituição. O reitor Rafael Henn, em evento promovido pela ACI nessa terça-feira, 29, citou o número de alunos, que chegou a 12 mil em 2015 e hoje está em torno de 5,5 mil, no segmento presencial.
Essa diferença fez com que ajustes de gastos fossem realizados, com adequações ao tamanho da equipe, por exemplo. Houve o incentivo a outros meios de captação de receita, além da graduação, que é o carro-chefe da Unisc. Além disso, a universidade tem buscado maior aproximação nas comunidades em que está inserida, como Santa Cruz do Sul, Sobradinho, Venâncio Aires, Capão da Canoa e Montenegro. “Temos que trazer a comunidade para a universidade, para crescermos juntos, com planejamento em longo prazo”, destacou.
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Essa preocupação não pode, reafirmou, deixar de considerar os três pilares: ensino, pesquisa e extensão – esse último, a aplicação do conhecimento da sala de aula na sociedade. Ressaltou o desempenho de estudantes e de profissionais durante o evento climático extremo registrado neste ano, não sendo necessário a convocação – todos agiram espontaneamente.
Dessa forma, mesmo sem ainda anunciar números, Henn antecipou que a Unisc terminará o ano com resultado positivo. É o primeiro desde 2015. “Claro que nem consideramos 2020, porque foi o ano mais forte da pandemia, que merece uma atenção diferenciada.”
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Outra instituição que tem demandado atenção da Apesc é o Hospital Santa Cruz (HSC). A casa de saúde tem enfrentado déficits mensais, que estão menores, mas são persistentes, e precisa encontrar meios para superar os desafios e voltar a crescer com capacidade de investimento. Uma das dificuldades é o fato de que a casa de saúde faz mais de 80% dos atendimentos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), que não atualiza as suas tabelas de pagamento pelos serviços.
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