Passado mais de um ano desde o início da pandemia, uma questão ainda permanece sem resposta: por que algumas pessoas desenvolvem complicações graves da Covid-19 e outras são assintomáticas? Na tentativa de ajudar a responder a essa pergunta, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) lançou dois projetos de pesquisa. Eles têm por objetivo identificar as características genéticas dos indivíduos e tentar entender por que ocorre essa diferença no desenvolvimento da doença.
“Existem muitos estudos já realizados com o vírus propriamente dito, entendendo a questão das variantes e das mutações. O nosso objetivo é olhar para o paciente, para a genética do indivíduo”, explicou a professora Lia Possuelo, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. A análise mais aprofundada pretende identificar se existe alguma alteração específica que possa diferenciar ou caracterizar as pessoas que desenvolvem sintomas e complicações mais graves.
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A meta inicial dos pesquisadores é contar com a colaboração de 50 voluntários, que pode ser expandida para 100 pessoas. Para participar é necessário ter sido diagnosticado com a Covid-19 por meio do teste RT-PCR, ser maior de 18 anos e morador de Santa Cruz do Sul. Não há diferença se a pessoa foi internada ou não e se teve sintomas leves ou graves. Para identificar as características de cada paciente será feita uma entrevista e também uma coleta de sangue.
“Ainda são poucos estudos nessa linha. Essa pesquisa vai nos permitir conhecer as características diferenciais dos indivíduos e daqui a pouco poderemos olhar e trabalhar de uma forma diferente, ou pode ser desenvolvida uma nova forma de testagem”, afirmou Lia Possuelo. Entre as possíveis descobertas que o estudo pode proporcionar está também o motivo de algumas pessoas da mesma família contraírem a doença enquanto outras não, mesmo havendo o contato entre elas. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone 98639 4776, que também funciona como WhatsApp, para realizar o agendamento.
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