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Unisc apresenta estratégias para mitigação dos impactos de eventos climáticos a prefeitos da região

Foto: Bruna Lovato

A manhã desta quinta-feira, 11, foi de troca de experiências e debates sobre o desastre climático que ocorreu no Rio Grande do Sul em maio, principalmente, no Vale do Rio Pardo. A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) reuniu prefeitos e representantes de 15 municípios da região para falar sobre o clima e mostrar as potencialidades que a universidade têm por meio do Centro Socioambiental.

Quem abriu o encontro foi o reitor da Universidade, Rafael Frederico Henn. Na conversa, também falando como presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), ele relatou que, tanto ele quanto os outros reitores, têm conversado com os governos federal e estadual. Nesse contexto, percebem que faltam ações práticas, com exceção das emergenciais.

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Segundo o reitor, o Plano Rio Grande não cita o Vale do Rio Pardo. “Possivelmente os nossos municípios entrarão, mas nós temos que ficar atentos. Então, o objetivo da reunião de hoje é nós, de uma forma coletiva, nos colocarmos à disposição de vocês, porque todos os municípios foram muito atingidos, todos os municípios terão redução da arrecadação, e nós precisamos, de uma forma organizada, fazer pressão nos governos federal e estadual e estamos à disposição para ajudar vocês. Além disso, os nossos técnicos podem ajudar do ponto de vista científico, de levar luzes, através da ciência, na reconstrução.”

Vice-reitora da Unisc e integrante do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do Plano Rio Grande, Andreia Rosane de Moura Valim, também comentou sobre a preocupação em ter mais profundidade no Plano Rio Grande. O documento tem um conjunto de projetos estruturantes que prevêem os aspectos relacionados com eventos pré e pós-desastre. “Nossa grande preocupação vem da construção de perspectivas para que, caso eventos semelhantes aconteçam, nós estejamos melhor preparados. E essa preparação perpassa pelo olhar da construção da biodiversidade, da construção de estruturas de uma forma diferente do que estão postas. Então, a universidade se coloca neste papel junto com vocês, para que possamos fazer o planejamento de uma ação imediata, mas também de uma ação mais longínqua.”

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Em seguida, expôs dados o doutor em Eventos Extremos, Marcos Kazmierczak. Ele repassou informações de como estará o clima até 2040. Tanto temperatura, precipitação diária extrema, número de dias secos consecutivos, temperatura máxima e porcentagem de dias mais quentes vão aumentar na região até lá. “Para 2040, na região do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), a média de precipitação passa de 308,2 milímetros para 343,5 milímetros, um aumento de 11,5%, mas não quer dizer que também não possa chover mais do que isso, como ocorreu em maio.” 

Outros dados repassados por ele são sobre dias quentes. Em 2040, nos municípios que compõem o Cisvale, a média de dias muito quentes passa de 38,3 dias para 68,1 dias, ou seja, um aumento de 77,8%. “Precisamos agir coletivamente, e agora! É preciso preservar, adaptar, recuperar, alertar, criar e articular.”

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Em seguida, a coordenadora do Curso de Agronomia da Unisc e especialista do Centro Socioambiental da Unisc, professora Priscila Pacheco Mariani, explicou sobre os processos realizados pelo Centro e a importância de ações coletivas: especificidades de cada município, respeitando as particularidades locais para soluções mais eficazes; necessidades regionais coletivas, abordando problemas comuns de forma coordenada; participação ativa de todos os municípios, envolvendo líderes locais, técnicos e a comunidade para uma gestão compartilhada e integrada.

Ainda, foi entregue, pela equipe do Centro Socioambiental, um documento com propostas estratégicas que estão alinhadas com os objetivos do Plano Rio Grande, visando promover a resiliência, sustentabilidade e desenvolvimento socioambiental no Rio Grande do Sul, com especial atenção ao Vale do Rio Pardo. O documento busca destacar a importância de novas iniciativas que contribuam para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas, a proteção dos recursos hídricos e o fortalecimento das comunidades locais. Cada proposta apresentada busca introduzir soluções inovadoras e efetivas para os desafios enfrentados pelo Estado, visando transformar e fortalecer a capacidade de resposta e adaptação.

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Participaram representantes dos municípios de Boqueirão do Leão, Candelária, Encruzilhada do Sul, General Câmara, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Sobradinho, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

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