Assim como outras instituições do País, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) enfrenta uma redução no número de alunos desde 2014. O problema, causado em grande parte pelas alterações no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), dificultou o ingresso dos estudantes e prejudicou a receita da universidade. No entanto, a instituição alinha uma série de estratégias para reverter a situação e já espera crescimento no número de matriculados para 2022.
Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o reitor da Unisc e presidente da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), Rafael Frederico Henn, afirmou que neste ano o número de estudantes já voltou a aumentar. “Em 2014, 52% dos nossos alunos possuíam o Fies. Eles foram saindo, não entrando na mesma proporção. Neste momento, estamos com apenas 6% pelo Fies”, relatou.
Para o reitor, o crescimento não será rápido, estendendo-se pelos próximos dois ou três anos, e poderá ser influenciado por novas políticas públicas após as eleições. Nos últimos anos, a Unisc ajustou a estrutura para um patamar menor de alunos. Hoje com 6,5 mil estudantes, a universidade encontra-se estável financeiramente, o que permite um planejamento de médio e curto prazo. As ações e possibilidades já mapeadas estimam aumento de 10% nas finanças e incremento no número de alunos. “Estou muito otimista, vamos voltar a crescer e voltar a investir, o que é muito importante.”
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Quanto a novas opções de cursos, o reitor disse que está sendo feito um mapeamento de demandas das necessidades de capacitação, baseado em tendências no Brasil, no Rio Grande do Sul e na região, para oferecer novos cursos ou fortalecer os já existentes. Algumas das áreas com potencial de crescimento são a de Tecnologia da Informação, Saúde – que teve grande incremento durante a pandemia – e Agro, que conta com os cursos de Engenharia Agrícola e Agronomia.
“Temos vários cursos de graduação na área de TI e queremos ofertar também cursos de curta duração para que o profissional consiga se capacitar rapidamente e já ingressar no mercado de trabalho, e em um segundo momento, poder ingressar na graduação.”
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Rafael Henn também comentou as possibilidades de aumento de receita além da graduação que estão ao alcance da Unisc. Uma delas é utilizar a estrutura da universidade para atender a comunidade. “Somos hoje a segunda instituição que mais faz análises de solo na América Latina, e vem crescendo bastante a receita por conta desse serviço. Por isso, nós iniciamos neste ano uma construção no Mato Grosso, na cidade de Primavera do Leste, e vamos iniciar já no final do ano uma nova unidade da Central Analítica naquela região. Mais de 60% das amostras vêm do Centro do Brasil.”
Colaborou o repórter Ronaldo Falkenback.
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