A qualidade da soja da região Centro Serra é um dos grandes diferenciais para outras regiões do estado, principalmente nessa safra. A unidade da Cotriel de Arroio do Tigre recebeu a mesma quantidade da safra passada. A informação é do gerente da unidade, Sebastião Mendes, que participou do Giro Regional na última quinta-feira, 3. O recebimento, que começou em fevereiro, deve se estender durante todo o mês de maio com a chegada da oleaginosa proveniente da safrinha. Em paralelo, também recebe o milho – que teve seu recebimento cancelado durante os dias intensos de safra. O que impulsionou a comercialização do grão foi o preço deste ano. “A gente sempre comenta é que o associado deve ficar atento ao preço, pois muita coisa influencia no preço. Tivemos uma vantagem neste ano que o preço se manteve, não tivemos muita oscilação”, acrescentou.
A atenção é necessária, pois o produtor sabe quanto gasta para preparar uma lavoura. E vender a produção na hora certa é essencial. “A gente sabe que a soja, assim como o fumo, coloca o dinheiro na economia. Se o campo vai bem, o resto vai também”, acrescentou.
Um dos diferenciais da cooperativa é o acompanhamento técnico das lavouras. De acordo com Sebastião, o acompanhamento é feito desde o começo da lavoura. “A cooperativa é parceira na análise de solo, na agricultura de precisão. Este é o momento de fazer o mapeamento para futuramente realizar a adubação correta”, destacou.
Em relação à logística, o gerente destaca que ainda que haja uma defasagem por parte da estrutura alugada da Comacel, foi possível armazenar a produção. “Quem visitar nossas instalações hoje fica apavorado. Hoje temos soja no chão, por cima da fita, e um funcionário direto puxando com o rodo para comportar os grãos. Então a venda desse grão só ocorre com o aval do associado”, disse.
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Mendes também ressaltou outra vantagem que o associado tem em levar sua produção até a Cotriel. “Neste ano que passou, a Cotriel foi a que melhor remunerou seu associado. Com o preço de hoje, R$ 76,50 o valor da saca, nós teríamos mais R$ 1,70 de bonificação, mais R$ 1,00 de DAP. Além disso, existe a negociação de troca sobre a entrega e os negócios que o associado faz com a cooperativa. Se atingiu o patamar, leva mais R$ 3,00 de bonificação no grão. Então o associado sai de lá com sua soja valendo R$ 83,00”, explicou.
Agora a cooperativa já se prepara para acompanhar e receber as culturas de inverno.