A Defesa Civil do governo federal reconheceu a situação de emergência em Sinimbu, com a publicação do ato no Diário Oficial da União de quarta-feira. A prefeita Sandra Backes assinou o decreto no dia 3 de janeiro, em razão da estiagem. O levantamento com a estimativa das perdas na agricultura e na pecuária e relacionando as despesas com serviços de máquinas para amenizar o problema aponta prejuízo superior a R$ 51 milhões. Mas a situação se agrava a cada dia sem chuva. Em alguns pontos da cidade, já há racionamento de água diante da queda na produção dos poços artesianos e fontes naturais que abastecem a população.
O levantamento executado pela Emater sobre as perdas com a escassez de chuvas aponta prejuízo de R$ 43.346.283,00 na agricultura, principalmente nas culturas de soja, feijão, milho em grão, hortaliças e tabaco. Na pecuária, o valor atinge R$ 8.015.000,00 com a queda na produção do gado leiteiro e do milho para silagem. Além disso, o município contabiliza despesas de R$ 21 mil com o custo do transporte de água. Ainda foram gastos R$ 20 mil em ampliação de redes de abastecimento e a Secretaria da Agricultura já usou mais de R$ 10 mil apenas em combustível no trabalho de abertura de aguadas e melhorias em açudes.
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O cálculo das estimativas ocorreu antes da assinatura do decreto de situação de emergência, no início do mês. O prejuízo se agravou nos últimos dias diante da falta de chuva. Até o começo de janeiro, 113 famílias haviam solicitado auxílio com o abastecimento de água potável e agora já há mais de 300 na lista com necessidade de ajuda. O governo municipal utiliza dois caminhões para o transporte. A prefeita afirma que, até há poucos dias, os pedidos se concentravam na região baixa do município e de Pinhal. A preocupação aumentou com problemas de falta de água agora também em Linha Branca, onde não havia registros em anos anteriores. A Prefeitura solicitou ajuda do Exército para reforçar o serviço de entrega de água.
Em alguns pontos da cidade, ocorre o desligamento da rede de abastecimento durante a noite para recuperar a água nos reservatórios com a queda na produção dos poços artesianos e fontes naturais. A prefeita frisa que o trabalho com todas as retroescavadeiras do município se concentra nos serviços para garantir água aos animais nas propriedades rurais, com a abertura de aguadas.
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Sandra Backes explica que o reconhecimento federal da situação de emergência dá condições à Prefeitura de solicitar recursos ao Ministério da Integração Nacional para atendimento à população afetada e restabelecimento de serviços essenciais. Os primeiros encaminhamentos estão sendo feitos para recebimento de auxílio destinado às pessoas mais necessitadas. O assunto foi pauta da reunião de secretários no fim da tarde de quarta-feira.
Com o prolongamento da estiagem, a Prefeitura de Sinimbu mantém o alerta para que a população economize água e evite o desperdício. Ações como lavar carros, casas e calçadas e molhar a grama não devem ser realizadas pelas pessoas que recebem abastecimento pela rede municipal de água. “É dever de todos economizar água e garantir o abastecimento de toda a comunidade”, diz o comunicado.
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