A conquista ocorreu no último sábado à noite, mas mesmo uma semana depois é impossível não se emocionar com o feito: o título do Campeonato Brasileiro de Basquete 2021 obtido pela Stock Med/União Corinthians, que carrega no DNA, como bem se sabe, o mesmo ímpeto da Pitt/Corinthians, o Corinthians do Ary Vidal, campeão nacional em 1994. A garra com que o jovem grupo de atletas do União Corinthians de agora enfrentou o Flamengo Blumenau, na final disputada na Arena Brusque, em Santa Catarina, deixava entrever que eles sabiam perfeitamente bem a que legado estavam honrando. E o honraram com glória.
Pode não se tratar do certame do Novo Basquete Brasil, o NBB, que hoje aglutina as equipes de ponta no País, mas era uma competição oficial sob a chancela da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Por isso, e inclusive diante da ampla visibilidade que a reta final do torneio teve junto à TV, bem como a própria mobilização da equipe esportiva da Rádio Gazeta FM 107,9, em âmbito local e regional, a conquista torna-se muito inspiradora para o momento em que vivemos no País.
Uma conquista desse nível costuma premiar os que acreditam e, mais ainda, os que se preparam para tal enfrentamento, inclusive em termos de pressão psicológica. Alcançar um grande feito não é para fracos. O jornalista Romeu Inácio Neumann, em sua coluna de segunda-feira na Gazeta do Sul, traduziu a emoção que tomou conta dos torcedores: “Não bastasse a qualidade técnica desse grupo, muito bem dirigido e com atletas de alto nível, me comoveu a expressão em cada rosto, a entrega por uma causa, o comprometimento com um projeto traçado e que cada integrante levou ao seu limite”.
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Romeu apontou para um aspecto: a direção segura, eficiente, atenciosa. Cabe ao técnico Athos Calderaro o elogio maior, à frente de toda a equipe de dirigentes e de apoio, que obviamente tem sua parcela de merecimento e competência. Mas Athos, como um maestro, um legítimo líder, soube orientar cada atleta de maneira a permitir que se expressasse da melhor forma em quadra. Isso é muito inspirador. Num mundo que, submetido a uma pandemia, busca a superação, uma retomada, os feitos que cada empresa, família ou pessoa busca só poderão ser alcançados se for colocado em prática um projeto como o que o União Corinthians empreendeu. Quando a meta não é pequena, e chega a ser do tamanho de um país, é preciso união, sinergia, sintonia, competência individual e coletiva. Se algo falha na equação e há desvios de energia (por exemplo, com polarizações e bate-bocas inúteis, estéreis, fúteis, inclusive em redes sociais), nenhuma vitória é viável. Mas se há união e vontade de jogar junto, a conquista acontece.
O União Corinthians mostrou que é possível.
Um bom final de semana para todos.
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