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Uma voz muito instigante que vem do Norte

Situada em polo oposto ao nosso, no extremo Norte, a Escandinávia apresenta um conjunto autoral na literatura que é, a par do exotismo da paisagem dominante em sua ficção, profundamente universal. Já se aventou em mais de uma ocasião que os longos invernos, vividos quase na escuridão constante, talvez sejam a razão para a forte predileção dessa região para os romances policiais ou de suspense. Há tempo de sobra para montar quebra-cabeças a desafiar investigadores.

E é dessa área, já bem próximo do círculo polar ártico, que agora chega uma nova voz autoral, traduzida para o português. O romance A marcação apresenta aos brasileiros a obra da islandesa Fríða Ísberg, em lançamento da editora Fósforo, com 280 páginas, a R$ 74,90. Ela é natural da capital, Reykjavik, e ali mora. O enredo parte de um motivo algo kafkiano e que, obviamente, é muito instigante.

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Reykjavik está dividida por um muro de acrílico: de um lado, aqueles que se submeteram a um teste de marcação; de outro, os que lutam conta o que entendem ser um mecanismo de polarização e preconceito.

Então surge a proposta de um plebiscito para tornar essa marcação compulsória. Todos se envolvem no debate e na polêmica em torno do assunto, cujas decorrências começam a surgir em suas vidas. Não resta dúvida de que há em cena uma metáfora para algo bem contemporâneo, e que o leitor não demorará a captar. É por tal capacidade de surpreender e de abrir mentes que a literatura mantém seu espaço inalterado ao longo do tempo.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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