Situada em polo oposto ao nosso, no extremo Norte, a Escandinávia apresenta um conjunto autoral na literatura que é, a par do exotismo da paisagem dominante em sua ficção, profundamente universal. Já se aventou em mais de uma ocasião que os longos invernos, vividos quase na escuridão constante, talvez sejam a razão para a forte predileção dessa região para os romances policiais ou de suspense. Há tempo de sobra para montar quebra-cabeças a desafiar investigadores.
E é dessa área, já bem próximo do círculo polar ártico, que agora chega uma nova voz autoral, traduzida para o português. O romance A marcação apresenta aos brasileiros a obra da islandesa Fríða Ísberg, em lançamento da editora Fósforo, com 280 páginas, a R$ 74,90. Ela é natural da capital, Reykjavik, e ali mora. O enredo parte de um motivo algo kafkiano e que, obviamente, é muito instigante.
LEIA TAMBÉM: Um desatino (e um destino) que nos incomoda
Publicidade
Reykjavik está dividida por um muro de acrílico: de um lado, aqueles que se submeteram a um teste de marcação; de outro, os que lutam conta o que entendem ser um mecanismo de polarização e preconceito.
Então surge a proposta de um plebiscito para tornar essa marcação compulsória. Todos se envolvem no debate e na polêmica em torno do assunto, cujas decorrências começam a surgir em suas vidas. Não resta dúvida de que há em cena uma metáfora para algo bem contemporâneo, e que o leitor não demorará a captar. É por tal capacidade de surpreender e de abrir mentes que a literatura mantém seu espaço inalterado ao longo do tempo.
LEIA OUTROS TEXTOS DE ROMAR BELING
Publicidade
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!