Elas se tornaram a nova sensação entre crianças e adultos. Estão em bares, restaurantes, na porta do supermercado, na padaria na esquina e calçadas, seja em Santa Cruz, na praia… As máquinas de pelúcia, chaveiros e brinquedos atraem os olhares com suas luzes coloridas e pela expectativa de proporcionar um “prêmio” por R$ 1,00, R$ 2,00, R$ 5,00 ou R$ 10,00, a depender do item escolhido. É fácil de participar. Bastam algumas moedas ou, se não for possível, dá para usar o cartão de débito ou crédito ou ainda escanear o QR Code e fazer um Pix para tentar a sorte.
São 30 segundos para mover a alavanca, posicionar a garra e com dois toques no botão tentar pegar o objeto selecionado. Parece fácil, mas não é. De jeito nenhum! Na internet aparecem vídeos com dicas infalíveis que não dão certo. Tem vezes que até funciona e o bicho fica pendurado balançando de um lado para o outro. Mas a alegria dura pouco e o gancho se abre antes da hora. Lá se foram mais uns trocados.
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Nas férias, fomos fisgados inúmeras vezes pelas tais maquininhas. Meu filho insistia para tentar caçar um Pokémon ou outro personagem do momento. Empolgado, eu também caí na ilusão e arrisquei. Gastamos vários reais para conseguir, até agora, dois chaveiros. Na mesma velocidade em que alimentávamos a esperança de ser daquela vez, colecionamos frustrações. Teve choro, conversa, muita negociação e por vezes determinações do tipo “não ir mais a determinado lugar que tivesse aquelas maquininhas”. Bastava olhar para o lado e ver que cenas e diálogos desse tipo eram semelhantes entre outras famílias que viam o dinheiro se esvair em segundos.
Friamente, sabemos que se trata de um negócio pelo jeito lucrativo. Alguém instala as máquinas e fatura em cima da ilusão alheia. É como qualquer tipo de aposta. Quem não fez planos com a Mega da Virada? Mas quando se trata de criança, a coisa fica mais delicada. Os menores custam a entender que a lógica e não ganhar. Nós, pais, devemos explicar e mediar as crises.
E para piorar, sempre tem alguém que consegue a pelúcia. Aí fica aquela sensação de “por que não deu certo na minha vez?!”. Na vida é assim. É a lógica da grama do vizinho. Infelizmente, temos a tendência de achar que para o outro sempre é mais fácil. De um jeito imaturo, fazemos uma leitura superficial sobre o que estamos vendo, mas ignoramos aquilo que não é visto.
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Em meio a uma tentativa e outra de vencer a maquininha de pelúcias, a lição que fica para além dos ímpetos do momento é que nem sempre conseguimos estar no controle da situação. Na maioria das vezes é assim. Mas isso não pode ser razão para desistir.
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