Ouvi relatos de amigos meus, acompanhei debates na Rádio Gazeta, depoimentos de ouvintes, todos convergindo para uma mesma percepção: a precária sinalização do principal acesso a Santa Cruz do Sul pela RSC-287, porta de entrada para a cidade para quem vem da Capital, da Região Metropolitana, do Vale do Taquari, da Serra Gaúcha e de tantas paragens mais.

A queixa é uníssona: quem não sabe ou não conhece, passa reto sem sequer reparar numa modesta e discreta placa lateral, à frente de um viaduto, que só menciona o nome da cidade. Até quem se deixa conduzir por GPS fica em dúvida, porque, aos que nele reparam, parece a indicação de um acesso secundário.

Aconteceu inclusive comigo e com um taxista que nos conduzia de volta à cidade, um ambiente que ele disse conhecer bem porque tinha familiares aqui e que, vez e outra, visitava. Era noite e quando se deu por conta, já havíamos passado pelo viaduto.

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Esta constatação não é de hoje. Vou reproduzir parte de um artigo meu publicado na Gazeta do Sul de 08/05/2023, sob o título Eu quero acreditar: “É difícil, mas vamos imaginar que dê certo. Além das obras de duplicação da RSC-287, por si só de extremo impacto para a mobilidade de uma legião de pessoas que dependem dessa rodovia … leio que há uma série de intervenções arrojadas previstas em acessos cruciais na nossa região.

Vou me submeter a uma visão futurista. Estou vindo de Venâncio Aires para Santa Cruz e me deparo com uma rotatória alongada em Pinheiral, no acesso a Passo do Sobrado. Mais que providencial… Avanço alguns quilômetros e chego a um viaduto, já executado, no acesso a Santa Cruz do Sul. Mas aqui vai um reparo: a sinalização (das placas laterais) parece indicar que você está chegando a um logradouro qualquer…

Alô, administração municipal. Se para a concessionária da rodovia isso é irrelevante, para nós, santa-cruzenses, tem importância. Coloquem uma, duas ou três placas horizontais sobre a rodovia (isso mesmo, no alto, sobre a pista) avisando que o itinerante está chegando a Santa Cruz do Sul. Não é um lugar qualquer.

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É a Capital Mundial do Tabaco, é a terra da maior Oktoberfest do Estado, a sede do Enart e de tantos eventos mais, que se posiciona entre os municípios de maior PIB do Estado e que, em decorrência, está entre os que mais arrecadam para os cofres do Estado e da União. Precisa mais? É uma cidade referência em saúde, em qualidade de vida, em geração de empregos e, se não bastasse, abraçada por um Cinturão Verde de leste a oeste. Quem se equipara?”

Me desculpem, esta questão é inadiável. Não pode esperar pelo término das obras de duplicação da rodovia. Sugiro que a Câmara de Vereadores, o Executivo Municipal, entidades de classe, se necessário, se envolvam e exijam da concessionária uma sinalização adequada e compatível com a importância da cidade.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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