Dom Pedro I, dona Leopoldina, José Bonifácio, Domitila de Castro e alguns outros nomes ocupam lugar central nas ações que resultaram na Independência do Brasil, em 1822, cujas circunstâncias foram recuperadas por ocasião da passagem dos 200 anos de autonomia nacional, no ano passado. Mas outros personagens, se não foram tomadores de decisão, testemunharam de perto, ou até de dentro, as manobras em palácios e residências.
Entre essas figuras está Maria Graham. É provável que poucos, na época, tivessem de tal forma acesso à Princesa Leopoldina, esposa de Dom Pedro I, como ela teve. Ocorre que Maria, pintora, desenhista, memorialista e historiadora, nascida no Reino Unido, esteve em três ocasiões no Brasil, e em uma delas foi acompanhante da Família Real, com o papel de ser uma espécie de amiga ou predecessora de dona Leopoldina. Assim, pôde presenciar tudo o que acontecia na Corte, incluindo a melancolia que marcou a vida de Leopoldina a partir dos sucessivos casos extraconjugais de Dom Pedro, sendo o mais escandaloso deles o com Domitila.
A historiadora Mary Del Priore torna viva a imagem de Maria Graham no livro A viajante inglesa, o senhor dos mares e o Imperador da Independência do Brasil, lançado pela Vestígio, com 273 páginas, a R$ 64,90. O senhor dos mares referido é Thomas Cochrane, oficial da Marinha Britânica, que atuou nas lutas pela independência, e que também mereceu importante biografia recente. São nomes que se firmaram na história do Brasil.
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