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Cultura

Uma mulher poderosa entra em cartaz nos cinemas de Santa Cruz

Primeiro filme dos estúdios Marvel estrelado por uma super-heroína dos quadrinhos da editora, Capitã Marvel, de Anna Boden e Ryan Fleck, terá a sua primeira exibição no Cine Max Shopping Germânia no exato primeiro minuto desta quinta-feira. E, por coincidência ou não, 24 horas antes do Dia Internacional da Mulher, o que pode ser encarado como uma grande homenagem para todas elas. A partir desta quinta-feira, 7, o filme entra em cartaz definitivamente também no Cine Santa Cruz em vários horários diferentes, configurando-se na única novidade da semana.

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Para o papel de sua primeira heroína a comandar um filme próprio, a Marvel elegeu Brie Larson, ganhadora do Oscar de melhor atriz por O Quarto de Jack, de 2015. Ela interpreta Carol Danvers, integrante de uma equipe de elite de um império alienígena, os Kree, em meio a uma guerra contra outra raça, os Skrulls, que são capazes de tomar a forma física de outros seres. Após cair em uma emboscada, ela acaba perdida na Terra e precisa da ajuda de um certo Nick Fury (interpretado por Samuel L. Jackson) para completar seu objetivo – mas percebe que nem tudo na missão é o que parece ser.

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A química de Larson e Jackson é um dos pontos altos do filme, e os efeitos especiais usados para fazer com que o ator de 70 anos voltasse aos anos 1990 não incomodam mais tanto quanto aconteceu com Ian McKellen e Patrick Stewart em X-Men 3: O Confronto Final (2006). A dinâmica entre os dois ajuda a montar um pouco mais da mitologia do universo cinematográfico da Marvel, mesmo que seja um pouco frustrante voltar tanto no tempo depois dos acontecimentos bombásticos de Vingadores: Guerra Infinita (2018) – por mais que a volta no tempo tenha sido anunciada há anos.

MENSAGEM

Mas a parceria acaba interferindo no ritmo da história, que começa bem como um filme de guerra intergaláctica e desacelera para se tornar quase um filme de parceiros de polícia – a presença de Jackson, aliás, e as perseguições a carro remetem um pouco a Duro de Matar 3: a Vingança (1995). Com uma narrativa sem grandes surpresas, mas com espaço para boas brincadeiras com personagens renomados dos quadrinhos, Capitã Marvel consegue se concentrar em sua mensagem.

A personagem passa por um dos maiores arcos da editora em um só filme até agora, mesmo que não seja lá muito complexa. No final, ela definitivamente não é a mesma do começo, mas em nenhum momento se afasta do arquétipo da heroína de puro coração, parecida com o Capitão América, mas um tanto diferente da Carol Danvers dos quadrinhos.

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Segundo a crítica especializada, o filme deixa claro que ao longo de toda a sua vida a nossa heroína teve de se provar cada vez mais por ser mulher, e a força tirada disso é maior que qualquer superpoder. A ideia é significativa para qualquer menina que cresceu sem se ver entre superheróis, mas a execução, mesmo que emocionante, ganharia com um pouco mais de sutileza e estilo. No fim, a gente se pergunta por que a Marvel demorou tanto tempo para destacar uma de suas garotas superpoderosas.

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