2016 só trouxe presentes para a 29ª Feira do Livro. O tempo colaborou, o público compareceu e o evento voltou para o coração da cidade. E é assim que deve permanecer. Ontem o encontro se despediu da Praça Getúlio Vargas com gostinho de quero mais. Prova disso é que os próprios livreiros, envolvidos com o clima de vendas e de interesse pela leitura, cogitaram estender o tempo de permanência no espaço. Nesta edição, foram 13.150 exemplares vendidos, 9,6% a mais do que em 2015. Já o público visitante somou quase 27,3 mil, número considerado expressivo, já que esta feira foi mais curta.
Conforme a gerente do Sesc Santa Cruz, Roberta Pereira, o sucesso surpreendeu os organizadores. “A diferença em comparação ao ano passado é gritante. Estamos falando de quatro dias a menos de evento e de um desempenho bem melhor”, comentou. E, mesmo sendo o objetivo da feira propiciar contato com a literatura e seus autores, sem tornar a questão de vendas prioridade, os livreiros, segundo Roberta, não têm do que reclamar. “A comercialização de livros acaba sendo uma consequência do evento. E quando essa venda é boa, demonstra o interesse das pessoas pelos livros.”
Outro destaque de 2016 foi a presença expressiva de público durante os lançamentos de livros. “Observamos que as pessoas que compareceram nas sessões já estavam determinadas a adquirir os livros. Isso é muito bacana, já que acontece essa troca entre autor e leitor”, complementa. Roberta também considera crucial para o fechamento positivo do encontro o retorno à Getúlio Vargas. “O local da feira tem que ser a praça. É o espaço onde as pessoas têm mais acesso aos livros e à programação em geral”, observa.
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Já começa o planejamento para edição de 2017
Mal a 29ª Feira do Livro acabou e o Sesc já projeta a 30ª edição. O objetivo dos organizadores é trabalhar para que o evento permaneça na praça e volte a ter duração de dez dias e não seis, como neste ano. A gerente do Sesc também afirma que a ideia é dar um ganho na programação. “Para isso, já vamos programar uma reunião de avaliação desta edição e começar a pensar nos futuros patrocinadores”, explica.
A organização também pretende estudar formas de fortalecer o vínculo entre a Festa Literária e a Feira do Livro. Neste ano, a primeira edição da Festa circulou por 20 escolas públicas e privadas de Santa Cruz e região e teve como objetivo valorizar as obras de autores locais, além, é claro de divulgar a feira. Segundo Roberta, apesar de todo o esforço de divulgação, as escolas poderiam ter comparecido mais. “A ideia que está sendo discutida para o próximo ano é, quem sabe, sugerir que as instituições que recebam a Festa Literária apresentem algum trabalho durante a feira. Os alunos executam atividades muito bacanas com base nas obras que trabalham. É interessante mostrar isso.”
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