O Dia Mundial da Fotografia é celebrado neste sábado. A data movimenta associações e fotógrafos com exposições e outras atividades voltadas à área. Em Santa Cruz do Sul, haverá uma exposição de máquinas fotográficas que contam as fases da história dessa arte.
A mostra, sediada na Livraria e Cafeteria Iluminura, é de autoria do fotógrafo Alexandre Borges. A ideia de realizar essa exibição decorre da vontade dele de levar mais conhecimento sobre essa arte para outras pessoas. A atividade teve início na sexta-feira e segue até a próxima sexta. As peças podem ser conferidas das 10 horas às 18 horas, e neste sábado, das 9 às 17 horas.
O acervo do profissional fica na cidade de Porto Alegre, onde ele mora atualmente. Ao todo, são 340 máquinas de diversos estilos, formatos e cores que vem colecionando desde 2012. “Certo dia eu estava em casa e olhei para as quatro câmeras antigas que eu tinha, e percebi que eu poderia iniciar uma coleção”, conta.
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Desde então, ele vem recebendo de amigos aparelhos antigos. Borges também comprou algumas máquinas pela internet e em leilões. “A mais cara teve um investimento de R$ 2 mil”, ressalta. A coleção ocupa uma sala inteira em sua residência na capital gaúcha, seja em prateleiras na parede ou em armários.
Para a exposição em Santa Cruz, Borges disponibilizou 40 equipamentos, que estão expostos em mesas e em meio aos livros, no ambiente da livraria, protegidos por um acrílico. “Algumas eu consegui catalogar. Então, vão estar com um papel que conta um pouco da história, como origem e ano de fabricação.” Anúncios publicitários de época, em que constavam alguns aparelhos, também poderão ser conferidos pelos visitantes.
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Mais que profissão, uma paixão
Fotógrafo desde 1993, Alexandre Borges já conta com uma enorme bagagem de experiências com diversas câmeras. A paixão pela fotografia teve início logo após ele ingressar no curso da área, na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), em Porto Alegre.
“Lembro que foi na aula de Introdução à Fotografia. Naquele ano, também, a universidade estava com um forte núcleo de fotos. Realizamos excursões para fotografar lugares e paisagens diferentes”, relembra. Alguns anos mais tarde, o profissional foi aprovado no concurso público do Estado para ser fotógrafo do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Hoje ele atua no setor do Instituto Médico Legal (IML), no Palácio da Polícia, em Porto Alegre.
Borges também atuou como professor de fotografia na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Ali ele iniciou as atividades em 2004, e permaneceu na instituição até o ano passado. “Só no curso de Fotografia formei cem alunos. Mas já devem ter passado por mim mais de mil estudantes de outros cursos”, enumera.
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Com toda essa vivência na arte de fotografar, Borges destaca que o processo das câmeras é simbólico. “O equipamento é importante na mesma medida em que deixa se ser. Quando elas foram lançadas, eram o auge da tecnologia para aquele momento, mas hoje fazem parte de museus. O que realmente importa é a pessoa que está por trás dessas máquinas.”
Para o profissional, as câmeras fotográficas são um artifício de memória. “Eu tenho esse monte de equipamento e penso: quantas fotos elas já fizeram? Quais momentos elas registraram? É para isso que servem: para registrar o que te faz feliz naquele momento e você considera importante, pois os equipamentos são substituíveis, a foto não!”, frisa.
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Data remete ao aparelho de Daguerre
“Vou fazer uma foto!” Hoje em dia, é comum e rápido bater uma fotografia de alguma coisa ou de um momento. Muitas vezes, não nos damos conta de que, antes das novas invenções tecnológicas, fazer uma fotografia poderia levar horas, ou até dias. Agora, em segundos, é possível registrar momentos únicos.
Conforme Alexandre Borges, o dia 19 de agosto não foi escolhido por acaso. Nessa data, o equipamento daguerreótipo foi elencado como uma das maiores invenções da fotografia, feita pelo francês Louis Jacques Mandé Daguerre. A máquina foi responsável por criar as primeiras fotos permanentes da história. Em 19 de agosto de 1839, ela foi reconhecida oficialmente pelo governo francês.
Para a data ser reconhecida mundialmente, duas influentes associações de fotografia realizaram uma mobilização para tornar o 19 de agosto como o dia que celebra a fotografia. As responsáveis por isso foram a Sociedade de Fotógrafos de Mídia da América (American Society of Media Photographers) e a Sociedade Real Fotográfica (The Royal Photographic Society), em 1991.
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A primeira foto permanente foi batizada como “Vista da Janela em Le Gras”, de autoria do francês Joseph Nicèphore Niépce, em 1826:
”View from the Window at Le Gras.” Ou, traduzindo: “Vista da Janela em Le Gras”. Esse foi o nome dado para a primeira fotografia da história. O título faz referência à imagem (abaixo) captada a partir da janela do inventor francês Joseph Nicéphore Niepce, em 1826, na cidade de Saint-Loup-de-Varennes, na França. O processo rudimentar usado na época foi considerado como o primeiro a fixar uma imagem.
O time de fotógrafos que assina as imagens que ilustram a Gazeta:
No Dia Mundial da Fotografia, a Gazeta do Sul salienta o time de profissionais que responde por fotos e vídeos no setor de audiovisual da Redação Integrada. Quatro fotógrafos atuam cotidianamente junto a nossa equipe de jornalistas para a cobertura das pautas, elaborando fotos e vídeos, os quais tam´bem se encarregam de editar. A eles, parabéns pela data e nossa satisfação por essa parceria.
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