A história do menino Miguel, 2 anos e 8 meses, serve como demonstração de união familiar. Ele nasceu prematuro e com esquizencefalia de lábio aberto, o que fez com que ficasse praticamente sem visão, e com capacidade motora restrita. Seus pais não tinham condições de cuidar dele, e a avó providenciou a documentação para adoção. Um revés acabou inviabilizando.
Há cerca de um mês, a avó, Maria da Graça Mueller, 58 anos, estava com Covid-19 e teve uma parada cardiorrespiratória. Ela faleceu sem ter a conclusão do processo. Sensibilizada, a tia do pequeno, Graziele Mueller Marques, 23 anos, com seu companheiro João Augusto Lopes, iniciou os procedimentos para assumir o menino como filho. “Pensamos em ter um bebê, mais tarde, porque agora a prioridade é cuidar dele (Miguel)”, afirma. Aguarda o retorno da Justiça.
Enquanto isso, o garoto frequenta a Escola de Educação Infantil Renascer. É o primeiro aluno com necessidades especiais que a instituição de ensino recebe. “A escola sempre teve a questão da acessibilidade, mas não tínhamos a cadeira adaptada para o Miguel e isso estava dificultando a mobilidade na escola”, conta o coordenador Adriano Stein.
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A necessidade de carregá-lo no colo passou a inviabilizar sua inclusão com os demais colegas que, muitas vezes, acabavam ficando na sala para acompanhá-lo. Diante da situação e com a intenção de dar mais comodidade ao menino, a equipe da instituição contatou os integrantes do Lions Clube Santa Cruz do Sul Raio do Sol. O objetivo era conseguir uma cadeira de rodas com suporte para manter o corpo estabilizado.
A partir do pedido e da conferência da situação, a presidente do clube, Ana Raffler, e sua colega Marilene Thomé iniciaram a busca pelo equipamento. “Não foi fácil, porque precisava ter encosto para a cabeça, cinto e suporte para os pés”, destaca. O trabalho de ambas surtiu efeito ao contatarem o grupo Corrente do Bem. “Conseguimos com o pessoal do Corrente do Bem, em forma de comodato. Quando o Miguel não usar mais, será repassada para outra criança”, afirma.
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A entrega foi feita na segunda-feira, 28, o que causou comoção na equipe da instituição de ensino, nos familiares e até nos doadores. “É muito bonito o sentimento de empatia que vemos no cuidado com o Miguel, tanto dos profissionais da escola quanto dos coleguinhas, que fazem questão de estar perto dele”, enfatiza Ana.
Tia e, logo, mãe adotiva, Graziele frisa que o menino já tem uma cadeira para ficar em casa. Ela foi conseguida para os moradores do Bairro Renascença por meio de programa da Unisc.
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