Se você entender que é complicado pronunciar o nome Luizene, não tem problema. Pode chamá-la de “a ‘profe’ das invenções”. Ou então simplesmente de Lu. Pois a “profe” Lu, em suas aulas sempre empolgantes, tem adotado uma tática bem simples de ensino e que poderia até ser copiada por muitos pais que eventualmente não conseguem “negociar” com seus filhos. “Com crianças ou adolescentes, precisamos entender o que eles gostam de fazer, mas também cobrar responsabilidades”, explica.
A turma do 5º ano da escola municipal Menino Deus, de Santa Cruz do Sul, já entendeu essa prática implantada pela professora Luizene Mariano da Luz. Durante a manhã, portanto, as aulas fluem normalmente, com uma série de atividades como copiar tarefas do quadro e fazer cálculos, exercícios de leitura, contação de histórias e regras gramaticais. Se as atividades são cumpridas, o último período, como prêmio, é dedicado a jogos pedagógicos. “Quando o grupo todo colabora, então eles podem jogar”, explica Luizene.
Quem logo procura formar dupla é o garoto Wesley Paranhos, de 11 anos. “A gente se esforça para fazer tudo certinho para poder jogar no último período”, diz ele. “Eu prefiro jogar cartas”, acrescenta Josué de Oliveira Furtado, também de 11 anos. Já a estudante Évelyn da Silva, de 10, gosta das atividades por outro motivo. “É muito bom porque mexem com a cabeça da gente, ela fica mais leve.”
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Projeto aumenta a motivação
A didática de ensino da professora Luizene é aplicada há dez anos. E os resultados não poderiam ser melhores. Segundo ela, com esse método os alunos demonstram mais motivação em aprender e se socializar. “Além de desenvolver o raciocínio e a lógica, eles aprendem regras e interagem melhor com os colegas”, justifica.
No turno da tarde, o período dos jogos é oferecido também para a turma do 3º ano. Dentre os oferecidos estão xadrez, dama, moinho, vareta, quebra-cabeça, memória, dominó e paciência. No turno da manhã, os jogos ficam disponíveis a partir das 11 horas e, à tarde, das 16 horas.
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Segundo a vice-diretora da instituição, Leila Berlt, os reflexos da iniciativa são vistos no dia a dia na escola. “Os alunos sabem que têm seus direitos, mas eles também têm deveres. E o diferencial nessas turmas é que elas ajudam a manter a sala de aula sempre limpa e organizada após as atividades.”
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