Um terço dos santa-cruzenses saem de casa diariamente

O estudo realizado em nove municípios gaúchos, entre eles Santa Cruz do Sul, para estimar o número de infectados pela Covid-19 e entender a disseminação da doença no Estado, também avalia o respeito da população à orientação de isolamento. Os pesquisadores visitam residências, escolhidas aleatoriamente, aplicam testes rápidos do novo coronavírus e fazem perguntas aos moradores.

Neste questionário, estão indagações sobre com que frequência e por quais motivos as pessoas saem de casa. Santa Cruz está entre os municípios em que mais pessoas relataram circular pelas ruas diariamente: 33,6% fazem isso. O mesmo índice foi registrado em Passo Fundo e só houve percentual maior em Ijuí, onde 33,8% dos entrevistados afirmaram que saem de casa todos os dias. A média nas nove cidades foi de 28%.

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Metade dos santa-cruzenses entrevistados relataram que saem de casa apenas para atividades essenciais e 16% disseram ficar dentro da residência o tempo todo. Na primeira etapa da pesquisa, entre os dias 11 e 13 de abril, 24% dos moradores de Santa Cruz contaram que iam às ruas diariamente (quase dez pontos percentuais a menos do que agora). Os que ficavam todo o tempo em casa eram 22% e cerca de 54% afirmaram que saíam apenas para fins essenciais.

“Estamos extremamente preocupados com as informações que foram divulgadas”, disse o secretário de Saúde de Santa Cruz, Régis de Oliveira Júnior, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107.9. “De nada adianta o município e o Gabinete de Emergências criarem regras para evitar a infecção massiva da população, se a própria população não se conscientizar da gravidade do problema. Parece que e a comunidade, e principalmente o grupo de risco, ainda não entendeu o seu papel nessa pandemia”, alertou.

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Os dados dos nove municípios pesquisados apontam crescimento de oito pontos percentuais no número de pessoas que saem de casa diariamente: eram 20% na primeira etapa do levantamento e são 28% agora. Os que saem apenas para atividades essenciais são 53% – antes eram 58% – e 18% afirmam que ficam em casa todo o tempo – na primeira etapa da pesquisa eram 21%.

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