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Um sonho que nasceu na infância: conheça Alex Knak, candidato à Prefeitura

Alex aproximou-se da política inspirado pelo tio-avô, o ex-deputado Ivo Mainardi, e despontou enquanto secretário de Transportes

“Um sonho desde piazito.” Assim Alexsander Knak define o projeto de chegar à Prefeitura de Santa Cruz. Segundo ele, a vontade de ser prefeito surgiu ainda na infância quando, influenciado pela figura de um familiar, começou a sentir o gosto pela política pulsar em suas veias.

O parente em questão era ninguém menos que Ivo Mainardi, promotor de Justiça e ex-deputado pelo MDB da Região Centro-Serra. Deslumbrado com a oratória e os posicionamentos do tio-avô quando o encontrava nas reuniões familiares, Alex não demorou a querer acompanhá-lo em comícios e logo quis assinar ficha no partido. Até então, seu pai, o advogado e empresário John Igor Knak, via a política com desconfiança, mas com o tempo acabou cedendo. “Consegui até fazer ele se filiar”, comemora.

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Mais velho dos três filhos de John Igor e da professora Arlete Maria, Alex manteve-se envolvido com a política e concorreu pela primeira vez em 2008, a vereador; e depois, em 2010, a deputado federal. Em 2012, voltou a disputar vaga na Câmara e, com uma votação que lhe garantiu a primeira suplência da coligação, credenciou-se para receber do então prefeito eleito, Telmo Kirst, o convite para assumir a Secretaria de Transportes. “Foi a grande oportunidade política que tive na minha vida”, relembra.

Ativo em redes sociais e à frente de uma série de intervenções no trânsito ao longo do primeiro mandato de Telmo, obteve uma exposição que gerou uma das maiores surpresas da eleição de 2016. Ele chegou a ensaiar uma candidatura a prefeito, mas recuou por falta de apoio: acabou saindo das urnas como vereador mais votado, com mais de mil votos de vantagem em relação ao segundo colocado.

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Ainda na noite da eleição, sentiu que o caminho para concorrer ao Palacinho quatro anos depois estava pavimentado. “Meu pai me disse: ‘Tu vai ser o próximo prefeito de Santa Cruz, meu filho. Teu cavalo está encilhado’”, emociona-se.

Surfista desde os 20 anos, descobriu mais recentemente a paixão pelo tiro de laço | Foto: Arquivo Pessoal

Duas perdas

Alex vive no Residencial Avifauna, em um terreno vizinho à casa na qual cresceu com os irmãos Michele e Fernando e onde sua mãe mora até hoje. Atualmente, aliás, Alex voltou a se instalar nessa casa, já que a sua foi transformada em estúdio de gravação para a campanha eleitoral.

Após a morte de John Igor, em abril do ano passado, a família enfrentou outra perda recentemente: a de Michele, que teve diagnosticado um tumor no cérebro aos 2 anos de idade. Submetida a cirurgia e a processos de rádio e quimioterapia, ela teve uma vida de limitações. Ainda assim, chegou aos 36 anos, o dobro do que alguns médicos chegaram a prospectar. “O pai nos preparou para isso. Sempre disse que ela teria uma vida mais curta”, afirma Alex.

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O desafio do transporte público

Embora a carreira política já estivesse no seu horizonte, Alex formou-se advogado e chegou a atuar no escritório do pai. No fim dos anos 90, tornou-se sócio da casa de festas Arena, no mesmo local onde funcionara uma danceteria da qual John Igor era um dos donos. O empreendimento foi montado por ele e um grupo de amigos – entre eles, o advogado Ezequiel Vetoretti, seu ex-colega de faculdade. “Foi uma explosão. Logo na primeira festa, lotou, ficou gente na parte de fora. Foi um tempo muito bom”, relembra.

No setor público, teve como maior desafio resolver o impasse do transporte coletivo urbano, que se arrastava há anos. Daquele processo, que consumiu todo o período da gestão, Alex guarda uma história em especial na memória. Após descobrir, por meio de uma reportagem, um especialista em mobilidade urbana de Santa Catarina, pediu autorização ao prefeito Telmo Kirst para ir ao encontro dele pedir ajuda para a elaboração do edital.

Acabou passando cinco dias em Florianópolis, reunindo-se com o técnico após o seu expediente. Foi dele, por exemplo, que partiu a sugestão de que o valor de outorga da licitação fosse todo aplicado em melhorias nas paradas de ônibus e em pesquisas de satisfação. “Quando eu cheguei lá, ele me perguntou: ‘tu queres fazer um edital voltado para as pessoas ou para os empresários?’. E não cobrou nada, só contribuiu com a sua expertise. Nunca me esqueci.”

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