Quem em algum momento nas últimas décadas atentou para a importância cultural da culinária e da gastronomia e para o que alimentos e refeições podem representar enquanto elo de aproximação entre povos não pode ter deixado de ler e ouvir Anthony Bourdain. Rosto conhecido na TV e em revistas e livros, esse nova-iorquino, falecido em 2018, aos 61 anos, era o que se pode chamar, efetivamente, de cidadão do mundo.
Apresentador de TV, escritor e chef de cozinha, tinha predileção por viajar e pesquisar a culinária de diferentes regiões do planeta. Alguns de seus livros se tornaram bíblias que outros chefs e leitores em geral carregam consigo em tempo integral: é o caso de Ao ponto, Cozinha confidencial, Em busca do prato perfeito e Maus bocados, que a Companhia das Letras lançou no Brasil.
Pois agora acaba de chegar um volume póstumo, Volta ao mundo: um guia irreverente, para o qual a discípula Laurie Woolever se encarregou de pinçar, entre os milhares de registros deixados pelo autor, impressões, dicas e sugestões de viagem, de turismo e de bem-viver no mundo todo. A Intrínseca editou a obra, em 464 páginas, a R$ 89,90, com tradução de Lívia de Almeida.
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Recheado de textos leves, divertidos, bem-humorados e que evidenciam uma cultura rara, o livro traz o estilo e o carinho de Bourdain pela gastronomia para perto de cada leitor. E, claro, o Brasil está lá, graças a uma viagem plena de boas impressões a Salvador, na Bahia, e que evidencia a ternura que o autor tinha pelos brasileiros.
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