O francês Patrick Modiano, 77 anos, é uma das mais instigantes vozes da literatura mundial na atualidade. Em meio à profusão das estrelas das letras, com estilos e conjuntos literários os mais variados, ele caminha com uma independência e uma autoridade inconteste. Seu jeito de escrever, em romances curtos, de pouco mais de cem páginas, sinaliza que ele encontrou o método, o modelo ideal para compartilhar seu olhar de mundo, de quem testemunhou a segunda metade do século 20 de perto.
E isso pode ser medido, novamente, com seu mais recente livro, que acaba de ser editado no Brasil pela Record: Cena de um crime, em tradução de Ivone Benedetti, com 136 páginas, a R$ 59,90. O enredo, na verdade, remete ao ambiente no qual Modiano nasceu e cresceu, Chevreuse, nos subúrbios de Paris, e que, aliás, é o título original de seu romance.
Enquanto ele crescia, e depois definia seu lugar na sociedade, no pós-segunda guerra, na Guerra Fria e nos agitados anos 60 na França, descobria seu dom para a escrita literária. Sua história de vida, bem como a de sua família, sempre esteve profundamente imbricada em seus romances, carregados com uma aura de mistério, nostalgia, estranhamento em relação ao mundo, e com lacunas que vão sendo preenchidas, ou não, conforme a narrativa avança, ou por vezes com alusões a obras anteriores. Modiano é, principalmente, um grande leitor, e por isso o suspense se mescla em seus romances curtos com uma rara carga de cultura e de sabedoria.
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