Lembra aqueles jogos de tabuleiro, de estratégias, de armadilhas, de premiações em avanços (avance 3 casas!), condenações em recuos (volte ao ponto de partida!), entre demais obstáculos típicos?
Pois é, são jogos do mundo do “faz de conta”, que reúnem os amigos em torno da mesa, em momento de relaxar e dar risadas. Inclusive, às vezes, para dar “um tempero” no cardápio, apostar algumas moeda$.
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Memórias afetivas à parte, porém, agora em modo ironia, essa introdução e metáfora decorrem da semelhança com os atos e os fatos negativos, nas ações e nas omissões do três poderes da república, notadamente de seus principais atores. Em exibições diárias.
Para além das atribuições e das limitações institucionais e funcionais, inscritas nos textos legais, sobretudo na Constituição Federal, parece evidente que há algo estranho e poderoso nos bastidores das práticas de poder e do não poder. Do fazer e do não fazer. Do querer e do não querer!
Sucedem-se as usurpações de competências alheias, os abusos de autoridade, os cerceamentos de direitos pessoais e coletivos, a utilização de recursos público-orçamentários para “compra e venda” de votos parlamentares, a exemplo da aprovação de exorbitantes trinta e sete ministérios, etc., práticas orquestradas e afirmadas por criativas narrativas.
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Entre outros absurdos, tais práticas sucedem-se escandalosamente, sem causar constrangimentos “interna corporis”, nem pessoais, e, pior, nem entre as relações formais e institucionais dos próprios poderes. Estratégicos, vigoram a dissimulação, a complacência e o silêncio.
Ratificando a ironia e a metáfora propostas, esse jogo exige também uma certa condescendência e a participação, ainda que indiretas, de um outro poder, o dito quarto poder: a imprensa, a mídia!
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Logo, o histórico “sistema de freios e contrapesos”, alicerce dos principais estados nacionais e democráticos mundo afora, decorrente das teorias liberais, principalmente de Montesquieu, deixou de funcionar no Brasil.
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Então, relembrando os interesses no tabuleiro do poder, as estratégias, os subterfúgios, as armadilhas, as premiações e as condenações, sugerem que há algo mais poderoso e oculto – em uso e em curso – que determina sucessivas e suspeitas omissões e ações negativas.
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Individual e coletivamente, se os poderes da república “pintam e bordam”, sem preocupação com os interesses populares e a segurança jurídica da nação, sem demonstração de temor e arrependimento em assim proceder, é possível que haja recíprocas ameaças em curso, “armas” de uso contínuo, a exemplo de dossiês pessoais, desabonadores e incriminadores. Com poder de chantagens… para “administrar, dominar e vencer o jogo”. Rodada a rodada!
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