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TURISMO

Um passeio por onde sempre é Natal

Se para os gaúchos todos os caminhos levam a Porto Alegre ou cruzam por ela, para os potiguares, lá no outro extremo do Brasil, todo dia é… Natal! A capital do Rio Grande do Norte, esse irmão de alma do Rio Grande do Sul, parece ter um ímã que atrai as atenções de todos os recantos do País. E não é para menos. As paradisíacas praias de areia branca, espalhadas ao longo dos 400 quilômetros do litoral que contorna o cotovelo do mapa brasileiro entre a Paraíba e o Ceará, são um convite irrecusável. Mas Natal (e o Rio Grande do Norte) é muito mais do que isso.

Em um território que cabe quase seis vezes na área do Rio Grande do Sul, e com 3,5 milhões de habitantes (quando os gaúchos são 11,29 milhões), o Rio Grande do Norte tem efetivamente no turismo uma das bases da economia. Outras são o petróleo, o sal e as frutas, três itens que fazem a alegria da região de Mossoró, no Semiárido, com 300 mil habitantes, a 280 quilômetros da capital.

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Mas é mesmo Natal o ponto de convergência. Ali, o comércio típico de uma capital, com mercados e feiras de artesanato e alimentos; os atrativos turísticos e culturais, tudo convida a percorrer, caminhar, interagir. E se descobrirá que os quase 900 mil moradores têm muito orgulho da bela cidade. Com razão.

Mar e Sol

Quem viaja para o Rio Grande do Norte por via aérea chega ao moderno Aeroporto Internacional de Natal. Que, entretanto, fica na cidade vizinha de São Gonçalo do Amarante. De lá, serão 25 quilômetros até a área central da capital, de imediato sendo apresentado no caminho a um cartão-postal, a Ponte Wellington Navarro, com 1,7 quilômetro de extensão e 55 metros de altura no vão mais alto. Concluída em 2007, permite superar o Rio Potengi (o “rio grande” do norte, assim como a Lagoa dos Patos foi denominada de “rio grande” pelos primeiros navegadores que chegaram ao extremo sul do atual Brasil).

Ponte Wellington Navarro, sobre o Rio Potengi, ligação do aeroporto à capital potiguar

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Da Fortaleza dos Reis Magos, uma vista deslumbrante em 360 graus pelo entorno

Ainda de cima da ponte se descortinará a deslumbrante paisagem litorânea espraiada ao longo do Atlântico Norte, já próximo à Linha do Equador. À esquerda surgirá, magnética, a Fortaleza dos Reis Magos, edificação militar histórica que, sim, o viajante já saberá que em algum momento precisará visitar. O início da construção foi consagrado no Dia de Reis de 1598 (daí a razão da denominação), praticamente um século após a chegada de Cabral a essas terras.

E o olhar do visitante logo se depara também com o centro histórico da cidade em primeiro plano, o Rio Potengi fluindo à direita, e as praias de areias brancas banhadas por mar azul à esquerda. Essa localidade foi fundada em 1599, logo após a fortificação, e há mais de quatro séculos atrai todos os moradores do Nordeste, além do restante do Brasil e, cada vez mais, da Europa e do mundo todo.

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Natal está a meio caminho (e também no que tange a tempo de viagem) de qualquer lugar da Europa central em relação ao Rio Grande do Sul, por exemplo, situado a mais de 4 mil quilômetros do coirmão do Norte. Por essa razão, Natal tem sido destino preferencial de viajantes (e, em ritmo crescente, de economias) que buscam escapar do inverno no Hemisfério Norte rumo a uma simpática cidade tropical.

Não raro, os turistas prontamente se dirigem a um de centenas de hotéis de todo porte e custo ou resorts de luxo situados na orla da capital ou nas praias espalhadas a Sul e a Norte dela. Mas mesmo no centro há boas opções de hospedagem, tendo próximo modernos shopping centers e a ampla oferta de comércio e serviços. Na gastronomia, há muitas iguarias típicas a provar, todas perfeitamente sintonizadas com a culinária nordestina. Vale estar aberto e receptivo a saborear e curtir – e, claro, conversar muito com os coirmãos potiguares.

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Atrativos culturais e históricos não faltam em Natal

Entre um mergulho e outro, entre um passeio de buggy e outro, quem persegue atração cultural precisa prever a visita ao Memorial Câmara Cascudo, o célebre pesquisador e historiador que nasceu em 1898 e morreu em 1986, autor de mais de cem livros sobre temas diversos (próximo fica a casa em que ele morou); às igrejas históricas, como a de Nossa Senhora da Apresentação, iniciada também em 1599; ao Centro de Artesanato de Ponta Negra e a inúmeras outras feiras de artesanato. Ali, o visitante encontra variados itens para levar consigo como lembrança de uma terra muito hospitaleira.

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