Um olhar do produtor: a história dos Gaedicke em Iraceminha

Olá, pessoal! Tudo bem? De terça, 15, para quarta-feira, 16, pernoitamos em Palmitos, já em solo catarinense. Na manhã dessa quarta, chegamos à propriedade de João e Fátima Gaedicke, em Linha Santa Fé, Iraceminha, Santa Catarina. Fechamos 1,3 mil quilômetros. A família nos esperava ansiosa para mostrar o dia a dia do trabalho. A gente havia combinado visita ao filho Joel, mas quem participou bastante foi o pai. Com entusiasmo, ele conta que, quando assumiu, a propriedade já estava parada havia cinco anos. Eles vieram do Rio Grande do Sul para essa localidade, onde os tios já moravam. Passaram por dificuldades.

Atualmente, com os três filhos encaminhados, lidando na roça, têm um chiqueirão com 530 porcos, umas 15 vacas de leite, que auxiliam na renda, além da plantação de soja, milho e os pés de tabaco. O período é seco e percebemos que as lavouras estão bastante avariadas. A gente conferiu, com o Joel, os 100 hectares de soja que estão à espera da chuva. Já na primeira florada, se não chover, essa flor cairá e será uma vagem que não vai se formar. O prejuízo pode ser grande. Nos despedimos da família desejando boas vendas e, pelo que tudo indica, terão bons resultados, porque as folhas do tabaco estão muito procuradas. Não mexeram muito ainda, porque o clima está bem seco. Percorremos trajeto de 1,7 mil quilômetros e nos preparamos para esta quinta-feira, 17, quando visitaremos duas propriedades da agricultura familiar, onde pais e filhos lidam na fumicultura e diversificação da propriedade.

O visitante indesejado

Em direção ao município de Imbituva, no Paraná, mais de 400 quilômetros de onde estávamos, sete horas de viagem, nos deparamos com um visitante indesejado, o granizo. Nesse meio-tempo, começamos a receber fotos e vídeos da região, onde o temporal atingia algumas cidades, e víamos nuvens carregadas na estrada. Para nosso desprazer, encontramos granizo no caminho. No município de Guará, nos deparamos com enorme quantidade de granizo acumulado no quilômetro 321 da BR-277. A gente fez o registro com foto, nossa camionete ao fundo. Sabemos que nas lavouras também houve acúmulo e prejuízos, lamentavelmente. Nesta manhã vamos para São Mateus e, à tarde, Palmeira.

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