Um amor de 66 anos e que não envelhece nunca. É dessa forma que podemos classificar o principal ingrediente do relacionamento de Dora Rosa Lazzari Sebben, 88 anos, e Abel Sebben, 90 anos. Juntos há 66 anos, o respeito e a conservação dos bons costumes fizeram com que a relação dos dois seguisse à risca a máxima: “o que Deus uniu, homem nenhum tem o direito de separar”. Além da cumplicidade, há o cuidado recíproco. Mas os tempos agora são outros e Dona Dora relembra com carinho os tempos em que conheceu Seu Abel. “Naquele tempo não era igual hoje. Se tu queria ficar com aquele, era com aquele. Não é esse pega e larga toda hora”, destaca.
Os dois se conheceram quando Abel retornou do serviço militar, em 1948, em Ibarama. “Naquele tempo, quem estava namorando podia andar só de mãos dadas, e olhe lá”, relembra Dora. O amor dos dois era sólido e logo decidiram juntar as escovas de dentes. Se casaram em 11 de setembro de 1948. Pais de 10 filhos, avós de 20 netos e 13 bisnetos. Este é o saldo de 66 anos de relacionamento. Questionada sobre como manter uma relação durante tanto tempo, Dona Dora foi enfática: “Sempre nos amamos, e não tenho dúvidas disso. Também sempre nos toleramos. As briguinhas ocorrem em todos os relacionamentos, o que não ocorre é a reconciliação. Nós logo nos acertávamos”, comenta.
Quando casaram, mal sabiam eles que, no ano seguinte, seria instituído o Dia dos Namorados. Segundo a revista História Viva, o empresário João Dória trouxe do exterior a ideia de celebrar uma data em homenagem aos jovens casais. Mas para Dora e Abel, o que vale mesmo é o amor. “Se eu pudesse, aturaria ele mais 66 anos”, brinca. Dona Dora, na experiência de seus 88 anos de vida, deixa uma mensagens aos jovens casais: “Eles devem se amar em primeiro lugar. Devem se respeitar muito também, pois essas duas coisas sustentam tudo o que pode destruir uma relação. Também devem saber se tolerar. Conversar é a saída para a maioria dos problemas. E desejo muita sorte a todos, assim como eu tive com meu Abel”, finaliza.
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O amor de Dona Dora e Seu Abel é único. Talvez, no início, não imaginavam que chegariam tão longe juntos. A relação dos dois serve de exemplo de cumplicidade, cuidado e amizade, que são elementos necessários para uma vida próspera a dois. Dividir o mesmo teto por 66 anos com a mesma pessoa não é para qualquer um, e sim para dois que carregam no coração o sentimento mais puro: o amor.
Como surgiu o dia dos namorados?
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O dia dos namorados, ou dia de São Valentim, como é chamado em alguns países, é uma das principais datas comemorativas do planeta. A troca de presentes e mensagens entre os casais aquece o comércio e gera cifras colossais em diversos países. No entanto, a celebração nem sempre foi ligada ao comércio. A festividade tem raízes históricas que remontam aos rituais pagãos da Roma antiga. De acordo com a tradição, o dia 14 de fevereiro, data em que o dia dos namorados é comemorado em países como os Estados Unidos, relembra o aniversário de morte de São Valentim, mártir cristão que provavelmente viveu durante o século III. Nesse período, o imperador romano Claudio II proibira os casamentos, por acreditar que os homens solteiros e sem responsabilidades familiares eram melhores soldados. Valentim se opôs a essa decisão, concedendo as bênçãos matrimoniais a jovens noivos de forma clandestina. A rebeldia do santo o levou à prisão e ele acabou decapitado no ano de 270. Durante o período em que esteve trancafiado, Valentim teria se apaixonado por uma jovem, filha do carcereiro, com quem manteve um romance secreto. Antes de sua morte, o religioso lhe escreveu uma mensagem em que assinou “do seu Valentim”, criando aquilo que se tornaria o primeiro cartão de dia dos namorados.
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