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Um local onde os resíduos recebem o destino correto

Foto: Guilherme Athayde

Bohrer mostra como é o antes e depois do processo de transformação do pó de tabaco

Em uma área de 36,4 hectares no limite entre Santa Cruz do Sul e Rio Pardo, toneladas de rejeitos da indústria, que em outros tempos seriam descartados em aterros, são reaproveitados e tratados de forma ambientalmente correta. A atividade é desempenhada pela Fundação de Proteção Ambiental de Santa Cruz do Sul (Fupasc), uma entidade sem fins lucrativos criada em 1998 para receber resíduos que não podem ser reciclados, como o pó de tabaco que é transformado em fertilizante.

Atualmente, 20 empresas fazem parte de um consórcio para que os materiais descartados em seus processos industriais sejam tratados de forma adequada. Destas, 12 são companhias do setor fumageiro. As empresas encontraram na criação da fundação uma possibilidade de gerenciar os resíduos, reduzindo os custos do processo e seguindo a legislação ambiental, explica o engenheiro ambiental e de segurança no trabalho e coordenador de meio ambiente da Fupasc, Sebastião Bohrer.

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Diariamente, a fundação recebe em média 150 toneladas de pó de tabaco, chegando a 18 milhões de quilos por safra. Esse material, que é rejeitado nas indústrias de processamento, vira um fertilizante que acaba retornando para a lavoura. As empresas recebem esse fertilizante como um crédito pela contribuição da mensalidade, que custeia as operações da entidade.

Além disso, é realizado o tratamento de 1 milhão de embalagens de agrotóxicos por ano, as quais passam por descontaminação e reciclagem. Os chamados resíduos perigosos, por sua vez, como lâmpadas, eletrônicos e itens contaminados, também são processados. Dessa maneira, há o reaproveitamento de 100% dos materiais não recicláveis gerados na atividade industrial dos associados.

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Para saber

O trabalho da Fupasc vem colhendo resultados ao longo de seus 24 anos de existência. As operações que transformam o rejeito em novas matérias-primas causam o mínimo de impacto ao meio ambiente, o chamado passivo ambiental. Bohrer comenta que, assim como as empresas associadas, que ganham reconhecimento por tratar adequadamente seus rejeitos, a fundação também trabalha em harmonia com a natureza.

 “Nada do que a gente destina de resíduos dentro da fundação gera passivos. Não trabalhamos com nenhuma tecnologia que gera passivo. Por exemplo, os materiais orgânicos vão para a compostagem e são reciclados. Os eletrônicos vão para um processo de triagem e transformação onde se recupera todos os componentes, em uma empresa parceira que temos em São Paulo. As lâmpadas vão para descontaminação e recuperação do mercúrio, por uma empresa em Santa Catarina.”

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