O livro tal como o conhecemos hoje, de papel, ou eventualmente produzido a partir de alguma outra matéria-prima, naturalmente faz lembrar de Johannes Gutenberg, que em meados dos anos de 1400 inventou um sistema de tipos e uma prensa, permitindo a reprodução em maior escala, industrial, de impressos. O que até então tinha de ser feito de forma manual, por um copista que, a partir de um original, recopiava sucessivas vezes aquele mesmo texto, agora podia ser feito de maneira rápida e instantânea. Uma revolução.
Mas não foram revoluções menores as anteriores relacionadas com a difusão de escritos, e isso desde os primórdios, quando o ser humano passou a ter a preocupação de registrar dados, porque, afinal, a memória era frágil e rapidamente tudo era (e podia ser) esquecido. Sem o texto, sem esse registro, a humanidade vivia numa ignorância quase completa.
E são essas etapas na história da difusão de conhecimentos e de apontamentos em escrita que uma escritora espanhola, Irene Vallejo, de 44 anos, compartilha em O infinito em um junco: a invenção dos livros no mundo antigo, com tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht, para a Intrínseca (496 p., a R$ 94,00). Na obra, a partir de exaustiva pesquisa, ela refaz o caminho do saber e dos suportes usados para registros escritos pelo ser humano em diferentes momentos da história. E mostra que, graças a verdadeiras façanhas e a iluminações inesperadas, hoje finalmente não estamos mergulhados na ignorância original.
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