O sargento Cléo Oliveira, da Brigada Militar de Arroio do Tigre, promoveu um encontro entre irmãs após 70 anos. Nos últimos dez anos ele tem conseguido vários reencontros: em 2010, encontrou em São Gabriel a família de um vizinho de seus sogros que não se viam há 40 anos. No mesmo ano localizou em Ampere, no Paraná, parentes de outra vizinha que não se viam há duas décadas, e hoje se visitam seguidamente. Este ano localizou familiares de uma pessoa que não se conheciam espalhados em Nova Palma, Julio de Castilho e Ametista do Sul.
Sua irmã, Márcia, que mora na localidade de Ferreira, interior de Cachoeira do Sul havia lhe passado os dados de uma vizinha de 82 anos que não sabia noticia de seus irmãos havia 70 anos. Encontrou uma referencia muita antiga com endereço na Ilha da Pintada, em Porto Alegre, mas pelo tempo não acreditava muito em localizar ninguém. Felizmente estava enganado, de posse do endereço, um sobrinho das idosas foi até o local procurar pela tia que não conhecia, estava na rua certa, mas não encontrava nenhuma casa como o número descrito. Estava com o carro estacionado e Já estava por desistir, quando uma senhora passou em frente ao seu carro. Levou um choque, parecia a vó Eva. Obra do destino, pois era a pessoa que ele estava procurando.
Nesse final de semana o policial foi surpreendido por uma ligação de sua irmã. “ Dá uma chegadinha aqui na dona Eva…”. Ao chegar, lá estava Dona Eva, abraçada a uma senhora muito parecida com ela. Abraços, choro de emoção, gratidão e agradecimento ao sargento Cléo e a Deus.
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As irmãs Eva Lopes da Silva, 82, moradora de Cachoeira do Sul e Santa Lopes da Silva, 84, da Ilha da Pintada, que não se viam há exatos 70 anos, estavam juntas um final de semana antes do dia das mães. Segundo elas, sua família era muito pobre, e alguns irmãos foram entregues a outras famílias para serem criados e nunca mais souberam notícias. As duas haviam sido separadas quando a mãe veio a falecer.
Santa Lopes veio a Cachoeira acompanhada de sua filha Líbia Lopes da Silva e do neto Anderson Roberto Silva de Àvila. “Não há palavras que possam expressar nosso agradecimento, só Deus para recompensa-lo…” dizia Líbia, filha de Santa. “Nossas festas de família nunca eram completas, nunca tínhamos parentes maternos, não conhecíamos ninguém, mas de agora em diante vai ser diferente” dizia, emocionada.
Dali mesmo iriam até um bairro de Cachoeira para que Dona Santa conhecesse um irmão que não conhecia. Certamente, um dia para não esquecer jamais. “É gratificante ver o brilho e a emoção nos olhos das pessoas, isso é a recompensa divina”.
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