O título desta matéria foi inspirado na definição de Flávio Haas para esporte. O executivo da Xalingo é um dos homenageados do 2º Torneio Masters de Basquete de Santa Cruz do Sul, que entre hoje e domingo vai promover exatamente isso: um grande encontro de amizades que se construíram ao longo dos anos e anos de disputas acirradas por diversos clubes nas quadras do Rio Grande do Sul e do Brasil afora. O outro homenageado do evento é o funcionário do Banco do Brasil Rudimar Gerhardt, o Pirú, e tudo acontece no ginásio do Colégio Mauá. A entrada é gratuita.
Flávio, de 67 anos e que empresta o nome ao troféu que irá para o campeão, conta que seu contato com o basquete foi na adolescência, a partir dos 12, até o princípio da fase adulta. No começo, dividia o tempo para a prática esportiva também com o vôlei. “A gente convivia muito em clube, na Ginástica. E, naquela época, era tudo muito mais na garra e no preparo físico. O Vilela (Fernando, professor de Educação Física aposentado e comunicador da Rádio Gazeta AM 1180) foi o meu primeiro preparador inclusive. O nosso treino era de corridas, bandejas e coletivos, nada além disso”, recorda.
Os torneios eram locais. Deles, entretanto, saíam as seleções do município. A partir de 1967, já aos 19 anos, Flávio passou a ser integrante desses combinados e disputou o basquete nos Jogos Intermunicipais de 1967, 68, 69 e 70. No terceiro deles, em casa, Santa Cruz foi campeã em uma final eletrizante contra a equipe de Santa Maria. O executivo lembra também dos acirrados Gi-Co (Ginástica x Corinthians) e jogos entre colégios. “Quem estudava e jogava no Mauá normalmente jogava também na Ginástica. Os do São Luís iam no Corinthians”, comenta. Contudo, esses acirramentos ficavam para as quadras. Fora delas, a amizade predominava. “Este é o grande patrimônio do esporte: a educação e a amizade. O esporte é espetacular na vida das pessoas porque proporciona isso a elas”, sublinha Flávio Haas, que, já como executivo, foi um dos incentivadores e responsáveis pela criação do Projeto Cestinha, parceria entre o Sesi e a Unisc.
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Pirú, 60 anos e que batiza o troféu do cestinha do torneio, conhecidíssimo como armador da Ginástica e do Corinthians, herdou da família o gosto pelo basquete. “A família inteira jogava. Aliás, nós éramos vizinhos do clube. A minha mãe era quem lavava os uniformes. Tinha uma escada da casa que dava dentro do ginásio”, recorda, referindo-se à Ginástica. Quando o clube fechou o departamento em 1973, ele e outros atletas se transferiram para o Corinthians e continuaram alimentando a chama do basquete nos santa-cruzenses por muitos anos. “O melhor desta homenagem é que não é só o meu nome. Vou representar muita gente, toda uma geração de pessoas que jogaram muito”, orgulha-se Pirú, que vai jogar neste Masters de Basquete. A promoção é da Rádio Gazeta FM 101.7, realização de Gazeta Grupo de Comunicações e Colégio Mauá e patrocínio de Pitt, Xalingo e Unisc.
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