Um dos talentos do samba-rock brasileiro, o artista gaúcho Xandele retorna a Santa Cruz do Sul para um show neste sábado, 11. O músico e compositor de 47 anos é natural de Porto Alegre e já soma 30 anos de carreira artística, representando um estilo eclético que combina influências do funk, samba, swing, rock, reggae e jazz. No show deste fim de semana, ele promete apresentar releituras de Tim Maia, Jorge Ben Jor, Djavan, Gilberto Gil, além de músicas autorais.
Compondo há muitos anos, Xandele produziu em 2018 seu primeiro álbum autoral solo, intitulado Deixa Solto. “O disco tem dez canções e todas são composições minhas. Uma delas é uma parceria com meu amigo Tonho Crocco, na música chamada A Obra, que fizemos para a banda Casa da Sogra na época em que tocávamos em Porto Alegre e construímos uma banda de samba-rock”, conta.
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Deixa Solto foi lançado inicialmente apenas em formato físico e vendido nos shows do músico. “Tem sido muito interessante essa experiência. Eu realmente quis lançar um álbum físico em um momento já digital e deixei para colocar agora nas plataformas digitais, depois de um tempo”, explica. As faixas podem ser conferidas no canal de Xandele no YouTube e em breve estarão disponíveis também em todas as plataformas digitais.
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O cantor já se apresentou em Santa Cruz do Sul em outras três ocasiões e relembra do público e da cidade com carinho. “Foram apresentações maravilhosas, uma com a banda completa e duas vezes em formato duo. O público é receptivo e a cidade, muito tranquila e acolhedora.” Radicado em Barcelona, na Espanha, onde reside desde 2012, o porto-alegrense participou de apresentações e festivais em Viena, Roma, Paris, Berlim, Bruxelas, Copenhagen, Londres e Nova Iorque.
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Em sua trajetória, o artista ganhou o primeiro festival de música de Porto Alegre em 1998 com a composição Cor do Som. Desde então, tem se apresentado como artista solo com sua própria banda e em inúmeros projetos, juntamente com artistas e bandas brasileiras, como Bedeu, Banda Ultramen, Casa da Sogra, Hyldon, Luis Vagner, Tonho Crocco, Marku Ribas, Bebeto, Serjão Lorosa, Clube do Balanço e Limusine Negra, entre outros. Também participou de produções juntamente com artistas como Tonho Crocco, O Lado Brilhante da Lua (2010); Marku Ribas, DVD (2006); Ultramen, O Incrível Caso Da Música Que Encolheu e Outras Histórias (2002); e Bedeu, Swing Popular Brasileiro (1998).
O trabalho do artista pode ser acompanhado pelo site xandele.com ou pelo Instagram @xandelexandele.
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Magazine – Esse período de pandemia afetou muito a música e os artistas. Como foi esse contexto para você e como avalia que será esse retorno às atividades?
Xandele – Sim, a pandemia afetou muito os músicos, assim como outras classes artísticas. Acredito que esse momento foi algo determinante nas definições de padrões e, principalmente, nas afirmações. O retorno às atividades está seguindo o fluxo necessário para o público e os artistas.
Magazine – Você reside atualmente na Europa. Como avalia a cena musical que encontra lá em relação ao Brasil? O que você acha que o país poderia aprender ou melhorar nesse sentido?
Xandele – Eu vivo há dez anos na Europa e vejo uma cena musical muito diversa e rica, mas em todos os lugares existem diferentes níveis artísticos. Acredito que o Brasil poderia ser mais motivador em termos de projetos artísticos e culturais, motivadores para as novas gerações, para todos os talentos que existem no País. Acho que essa é a grande diferença entre esses países e o Brasil: não é uma questão de talento e sim de oportunidades.
Magazine – Quais são algumas de suas inspirações ou referências na música? Que álbum ou que artista recomendarias?
Xandele – Eu tenho realmente muitas influências e seria difícil dizer todas, mas vamos tentar algumas: o Quincy Jones, que é um produtor americano; o Bola Sete, que foi um guitarrista de jazz brasileiro; a Tânia Maria, uma pianista brasileira que viveu muitos anos fora; o George Benson, o Luis Vagner, um guitarrista brasileiro falecido há pouco tempo. Logo depois, tantas pessoas como Jorge Ben, Tim Maia, gente da música brasileira. Eu indicaria esses álbuns clássicos: um deles se chama Kind of Blue, do Miles Davis, um clássico do jazz, e Maria Fumaça, da Banda Black Rio, uma banda brasileira maravilhosa.
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