Nesta quartá-feira, 24, e é celebrado o nascimento de São João Batista. As festas juninas, ou de São João, inspiradas nesta data, têm origem com os camponeses europeus que, lá, comemoravam o início do verão. O evento foi trazido ao Brasil pelos colonizadores portugueses e se tornou uma celebração muito popular. No entanto, apesar de estar ligado à data festiva, a história de São João Batista tem um significado bem maior para os cristãos. Tanto que o santo é o padroeiro de Santa Cruz do Sul.
Em 1885, quando foi construída a primeira capela no lugar onde hoje se encontra a catedral, ela recebeu o nome de Capela São João Batista. Em janeiro de 1859 foi criada a Freguesia de São João Batista, e no dia 13 de dezembro de 1859 foi erguida a Paróquia São João Batista de Santa Cruz, conforme informações reunidas pelo padre Inácio Spohr em livro sobre a história dos jesuítas em Santa Cruz.
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Quando foi erigida a catedral, ela também recebeu o nome de São João Batista. Em homenagem ao padroeiro, há uma grande estátua no nicho ao lado do altar. A imagem, assim com as demais no templo, é procedente da Alemanha. O santo aponta para o cordeiro (e não para o pé, como alguns interpretam), uma alusão ao termo “cordeiro de Deus”, que usava pelos locais por onde levava suas mensagens. O primeiro bispo, dom Alberto Etges, também inspirou o seu lema na pregação de João Batista: Parare plebem perfectam (preparar ao Senhor um povo perfeito).
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Nos últimos anos, o padroeiro era celebrado com tríduo, missa solene e um jantar de confraternização, de acordo com o assessor de imprensa da diocese, padre Roque Hammes. “Em períodos mais remotos acontecia, além da missa, uma procissão”, conta. Neste ano, em função da pandemia, as missas foram realizadas, mas não haverá o jantar. Nesta quarta a missa será às 12h30, com participação limitada a 30 pessoas e transmissão pelo Facebook (clique aqui).
A história do santo
João Batista era filho de Zacarias e Isabel (prima de Maria, mãe de Jesus). “O seu nascimento já foi algo miraculoso, porque seus pais eram idosos e sofriam pelo fato de não terem tido filhos. Ele pregou no deserto e batizou as pessoas que se convertiam dos pecados”, explicou o padre Roque. João tinha seguidores e pregava que as pessoas exercessem a virtude e a retidão, usando o batismo como símbolo de purificação da alma. Era chamado de Batista por realizar o batismo de muitos judeus, inclusive Jesus, no Rio Jordão.
João Batista foi aprisionado a mando do rei Herodes Antipas, alvo de suas críticas. De acordo com o Novo Testamento, a rainha Herodíades e a filha, Salomé, coagiram o rei a mandar matar João, exigindo que sua cabeça lhes fosse entregue em uma bandeja.
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São João Batista é o primeiro mártir da Igreja, e o último dos profetas. Sua festa é celebrada desde o começo da igreja, no dia 24 de junho. Ele é venerado como profeta, santo, mártir e precursor do Messias. Sua representação é mostrada batizando Jesus e segurando um bastão em forma de cruz.
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Precursor de Cristo
O padre Roque Hammes conta que João Batista foi o precursor de Cristo e coube a ele apontar Jesus para os seus primeiros discípulos, conforme consta nos evangelhos. Um dos seus ensinamentos fortes foi: “Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem, e quem tiver comida, faça o mesmo”. Para seguir os ensinamentos do padroeiro, especialmente neste momento em que existem tantas pessoas necessitadas, os fiéis são motivados a realizarem doações de alimentos, materiais de higiene e roupas. Os donativos podem ser entregues na secretaria da catedral ou na igreja na hora da celebração.
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João Batista também é o padroeiro do Seminário de Linha Santa Cruz. “Tradicionalmente acontecia a festa de São João Batista, com a fogueira. Neste ano, por causa da pandemia, tudo está suspenso, sendo que os seminaristas estão em suas casas, de onde acompanham as aulas online e são orientados pelos seus párocos.” Na diocese, há outras três paróquias consagradas ao santo, em Boqueirão do Leão, Nova Bréscia e Vespasiano Corrêa.
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