Um ano depois do primeiro caso de Covid-19 em Sobradinho

Tinham se passado aproximadamente cinco meses do início da pandemia no Brasil, e com o aumento de casos no Estado, todos sabiam da possibilidade do vírus chegar a todos os municípios do Rio Grande do Sul, mas ainda não era possível precisar quando isso aconteceria. Com o vírus já circulando na região Centro-Serra, e inclusive fazendo a primeira vítima no município de Tunas, foi no primeiro dia de julho de 2020 que a tão temida informação chegou: “Sobradinho registra o primeiro caso de coronavírus”. A partir do acontecido, as restrições intensificaram, muitos casos suspeitos e confirmados surgiram e, infelizmente, vítimas da doença começaram a ser contabilizadas. Conforme a enfermeira Angélica Dallazen, o ano de 2020 encerrou com 380 casos positivos e dois óbitos registrados no município.

A enfermeira salienta que agora, quase um ano depois, a quantidade de casos praticamente quadruplicaram, assim como o número de óbitos também aumentou. Ela acrescenta que desde o início da pandemia está muito difícil manter os casos positivados em isolamento domiciliar, havendo uma falta de conscientização muito grande da população. Angélica explica que tanto para ela, como para todos os colegas, está sendo um momento de extrema dificuldade, com unidades de saúde sempre lotadas e com muitos casos de síndrome gripal.

Segundo a enfermeira, é preciso seguir adotando as medidas de prevenção. Ela afirma a importância da vacinação, mas ressalta que mesmo vacinados é preciso seguir usando máscara, álcool gel e mantendo o distanciamento social. “O principal fator que influencia na transmissão é o contato com pessoas infectadas, então, quanto mais pessoas estiverem aglomeradas em um local há mais propensão das pessoas adquirirem a doença, por isso, é muito importante evitar festas clandestinas”, lembra.

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O atual secretário de Saúde, Idelfonso Barbosa, destaca que nesses quase 365 dias do surgimento do primeiro caso confirmado entre a população sobradinhense, a Covid-19 muito abalou, e segue abalando a maioria dos segmentos de alguma forma, muitos para pior, e poucos para melhor. “No entanto, entendo que em alta escala, a pandemia se mostra responsável por uma enorme, senão a maior, quebra de paradigmas de todos os tempos, tanto na nossa vida pessoal quanto na profissional. Sozinho, o novo coronavírus alterou a nossa maneira de viver e trabalhar, e acredito que para sempre. Além de ter promovido transformações na economia, e acima de tudo, na condução das ações relacionadas à saúde no mundo todo, e em Sobradinho não está sendo diferente”, disse.

De acordo com Barbosa, é preciso confiar em dias melhores e acreditar que há esperança. “Mas, sendo otimista, estou – como a absoluta maioria dos brasileiros –, confiante em relação aos próximos meses, e essa esperança me chega todo dia através de conversas e trocas de mensagens com profissionais da saúde, da indústria e do setor econômico. Então, com todo o aprendizado desse primeiro ano de convivência com esse vírus devastador, tenho a convicção de que, logo ali, estaremos muito mais fortes e preparados para os próximos desafios, pois o povo superense nunca foi de ‘frouxar o garrão’!”, afirma.

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Atualização

Quase um ano depois, conforme a última atualização, em Sobradinho já foram confirmados 1.593 casos, dos quais 1.516 estão recuperados e 50 permanecem ativos. Também foram registrados 27 óbitos. No momento, um paciente está internado em UTI; e oito suspeitos aguardam resultado de exames.

Esperança

Conforme informações obtidas nessa quinta-feira, 24 de junho, no site da Secretaria Estadual da Saúde, em Sobradinho já foram aplicadas 8.334 doses da vacina contra a Covid-19, sendo 5.923 referentes a primeira dose, e 2.411 da segunda. A estimativa é de que aproximadamente 39,3% da população do município já tenha recebido a primeira dose do imunizante, e 16,1% já recebeu a segunda aplicação.

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Nathana Redin

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