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Um ano depois, como está o caso do bombeiro assassinado pela esposa

Elisabeth Estigarribia disparou em João Arlem com a pistola que era dele

No último sábado completou-se um ano de um dos homicídios mais emblemáticos registrados em Rio Pardo nos últimos tempos. Em 6 de janeiro de 2023, o bombeiro João Arlem Lopes dos Santos, de 55 anos, foi morto com cinco disparos de pistola efetuados por sua esposa, Elisabeth Limas Estigarribia, atualmente com 60 anos. O agente de segurança levou tiros na cabeça, peito e ombros. O casal tinha um filho de 16 anos.

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O crime aconteceu por volta das 11h30 de uma sexta-feira, na residência de campo do casal, na localidade de Volta Grande, interior do município. Dez dias depois, em uma rápida investigação, o delegado Anderson Faturi remeteu o inquérito ao Poder Judiciário. Ele descartou teses de legítima defesa e disparo acidental e indiciou Elisabeth por homicídio qualificado, com a qualificadora – dispositivo que pode ampliar a pena – de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

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A mulher foi presa preventivamente no dia seguinte ao crime, 7 de janeiro. Chegou a ser conduzida ao Presídio Feminino Estadual de Rio Pardo, mas foi solta menos de um mês depois, em 6 de fevereiro. Desde então, após ser denunciada pelo Ministério Público, aguarda a sequência do processo em liberdade. O caso teve andamento em 31 de outubro do ano passado, quando ocorreu uma audiência de instrução, onde partes envolvidas foram ouvidas.

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Entre as pessoas que prestaram depoimento estavam o delegado Anderson Faturi e uma policial, que atuaram na ocorrência. Uma nova audiência é esperada para abril deste ano. Somente após todas as testemunhas falarem, a juíza Magali Wickert de Oliveira, titular da 1ª Vara Judicial da Comarca de Rio Pardo, irá decidir se há elementos ou não para o caso ir a júri popular.

Simpatia e ciúme doentio

Elisabeth Limas Estigarribia assassinou João Arlem com a pistola registrada pelo próprio bombeiro. Entre as provas obtidas pela Delegacia de Polícia (DP) de Rio Pardo, que corroboram a versão apontada no inquérito, estão a análise no telefone da acusada, feita com autorização do Judiciário, e perícias realizadas na cena do crime.

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“Foram elementos muito contundentes. Inclusive, antes mesmo de chamar a emergência, ela ligou para um advogado, o que demonstrou que estava mais preocupada com as consequências do seu ato do que tentar socorrer o marido”, salientou o delegado Faturi, na época. A mulher ainda teria tomado banho antes de acionar os Bombeiros de Rio Pardo, corporação em que o marido atuava desde 2011, para atender a ocorrência.

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A dinâmica apurada pela Polícia Civil aponta que houve uma discussão entre o casal. Elisabeth efetuou disparos em uma sala e perseguiu João Arlem até a cozinha, onde deu mais tiros. Um fator que chamou a atenção na investigação foi o intervalo entre uma primeira sequência de tiros e, passados alguns instantes, outro momento de disparos.

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As forças de segurança encontraram na bolsa de Elisabeth uma espécie de “simpatia” e uma fotografia rasgada da vítima, evidenciando que a autora do crime tinha um sentimento amoroso obsessivo pelo companheiro. De acordo com Faturi, também foi possível apurar que, de fato, a motivação foi o ciúme doentio por parte da mulher.

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