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Últimos dias antes do Natal

A poucos dias do Natal, consumidores que deixam para a última hora começaram a corrida para fazer compras. Mesmo pressionadas pela escassez de tempo, ainda mais que possivelmente existam outras providências, há a preocupação de não encontrar o que pretendem comprar. Além disso, para quem deixou as compras para a última semana antes do Natal, – seriam por volta de 40% dos consumidores – é maior a possibilidade de incorrer em gastos precipitados ou por impulso.

Das inúmeras dicas e recomendações para não se enrolar financeiramente neste fim de ano emitidas por diversos especialistas, algumas são constantes:

  1. ter em mãos um diagnóstico financeiro, o que requer o apontamento das receitas e despesas de 30 a 90 dias, ou fazer um levantamento da situação financeira pessoal ou familiar: apurar as receitas e relacionar as despesas previstas para o mês; ao mesmo tempo, levantar as dívidas vincendas e já vencidas, levando em conta os encargos que elas carregam (juros mais altos, multas), prazos de vencimento, possibilidade de ter que entregar o bem ou até corte de serviços, como da energia elétrica; lembrar dos gastos anuais previstos para os primeiros meses do novo ano, como IPVA, IPTU, material  escolar etc. Com este levantamento já é possível ter uma ideia da situação financeira pessoal ou familiar, como também fazer ajustes necessários, reduzindo, substituindo ou eliminando gastos;
  2. definir quanto quer ou pode gastar: conforme disponibilidade de recursos ou créditos, estabelecer um teto máximo de gastos com presentes, além de festas, viagens etc;
  3. fazer uma lista das pessoas que quer presentear e o valor de cada presente: depois de fechar a primeira versão da lista que, provavelmente, está com o valor acima do previsto ou suportado, talvez seja o caso de rever essa lista duas ou três vezes, ajustando o valor à capacidade de pagamento;
  4. cuidar com o amigo secreto: se for muito popular, provavelmente vai ser convidado para participar de vários grupos e isso pode pesar no bolso; se for o caso, agradecer ao convite, sabendo que ninguém vai deixar de ser seu amigo só porque não participou da brincadeira do amigo secreto;
  5. antecipar as compras: além de mostrar planejamento, a pessoa foge do caos das lojas nos dias mais próximos ao Natal;
  6. negociar preços: nas compras pela internet, é mais difícil negociar descontos; já na loja física, cara a cara com o vendedor ou até o gerente, é possível conseguir algum desconto ou vantagem;
  7. comprar após as festas: depois do Ano Novo, começam as liquidações: é possível economizar na compra, contando com a compreensão do presenteado;
  8. fazer você mesmo: quem tiver habilidades especiais, poderá fazer com suas mãos o presente, certamente com custos menores; além disso, quem dá um presente feito por ele mesmo passa uma mensagem de carinho especial e sentimento diferenciado pela pessoa.

A compra de presentes – não só de Natal – pode ser um dos vilões para o desequilíbrio financeiro das pessoas e famílias. Tudo porque os presentes, principalmente de aniversários de amigos e colegas das crianças, não são incluídos no planejamento mensal ou anual de gastos.

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Diferente de outras despesas que são previstas para cada mês – supermercado, prestações, celular, condomínio, energia elétrica etc – as compras de presentes muitas vezes só são lembradas na véspera ou na data de algum evento, quando se pode estar “desprevenido” financeiramente, sendo obrigado a apelar para o cheque especial ou cartão de crédito.

Na escolha do presente, verificar a real necessidade do presenteado. Pode ser que aquele presente com a “a cara do presenteado” vai ficar em algum canto, sem utilidade, ou, então, como um pet, pelas implicações de cuidados, não estar nos planos de pais ou responsáveis de alguma criança. Observar que, conforme pesquisa da empresa de soluções pré-pagas, Blackhawk Network, nove em cada dez brasileiros preferem o cartão-presente digital como presente.

Como lição de casa para o próximo ano, incluir nas atividades diárias o apontamento financeiro de todas as entradas e saídas de dinheiro, que pode ser feito numa simples folha de papel, numa planilha de computador ou num App.

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Durante 30 a 60 dias – se a renda for fixa -, ou até 90 dias – se for variável – anotar todos os gastos, desde o valor de um simples cafezinho até a prestação do carro ou da casa. Com esses números é possível fazer um diagnóstico financeiro pessoal ou familiar; a partir desse diagnóstico efetuar os ajustes necessários, reduzindo, substituindo ou eliminando gastos.

O importante é que os dados sejam utilizados para bem conduzir as finanças pessoais e familiares e planejar os meses seguintes. Pessoas que conseguem manter as finanças em dia, geralmente, possuem bons hábitos financeiros.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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