Já está em Santa Cruz do Sul o último sobrevivente do trágico incêndio no Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos de Carazinho (Cetrat), que deixou 11 mortos e quatro feridos na noite de 23 de junho. Jeferson Ricardo da Silveira, de 31 anos, foi transferido do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, onde realizava tratamento intensivo, para o Hospital Santa Cruz (HSC) na noite dessa quinta-feira, 21. O transporte foi realizado por uma equipe da Prefeitura.
Jeferson é considerado um dos principais personagens do episódio, pois a ação dele, acordando os colegas, fez com que uma tragédia ainda maior fosse evitada. Com dificuldades para falar, em virtude do rígido tratamento médico que vem recebendo ao longo das últimas semanas, o santa-cruzense conversou com a reportagem do Portal Gaz e detalhou o momento que percebeu que se tratava de incêndio, na noite do fato.
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“Me acordei quando ouvi um barulho e fui na porta. Abri, e vi a fumaça e o fogo. Rapidamente acordei os meus colegas e falei ‘vamos dar um jeito de sair daqui’. Arrebentamos as aberturas, quebramos as janelas e conseguimos sair”, comentou Jeferson. O sobrevivente inalou grande quantidade de fumaça na tentativa de fugir do fogo.
A resposta ao tratamento vem sendo eficaz e, ainda neste final de semana, o santa-cruzense deve receber alta do HSC para continuar os cuidados em casa, ao lado dos familiares. A atitude de Jeferson, logo após verificar o incêndio, salvou a vida de outros dois santa-cruzenses: Andrio Oscar Farias, de 31 anos, e Luiz Natanael, de 25.
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Estes dois receberam alta ainda no dia 25 de junho. Após serem acordados por Jeferson, Andrio e Luiz Natanael conseguiram sair pela janela basculante. Outros dois santa-cruzenses, Deive da Silva, de 47 anos; e Luiz Eduardo Ribeiro, de 32, acabaram falecendo no sinistro. A principal suspeita é que o incêndio tenha iniciado na fiação elétrica do local.
Neste sábado, 23, encerraria o prazo para conclusão do inquérito do caso pela Polícia Civil. Contudo, a delegada Rita Felber de Carli solicitou outras diligências. Novos depoimentos de familiares e responsáveis pelo Cetrat devem ser ouvidos. O laudo completo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) também não foi concluído e deve estar pronto somente em duas semanas.
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